MATA CILIAR: Cocamar já repassou meio milhão de mudas em 2006

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A Cocamar acaba de ultrapassar a meta inicial de distribuir, ao longo do ano, 500 mil mudas nativas para a recomposição ciliar nas propriedades rurais. Já em outubro, o número de unidades repassadas aos cooperados chegou a 521 mil. A nova meta, agora, é atingir a distribuição de 600 mil mudas até o final de dezembro.  “Conseguimos estes resultados porque o associado está cada vez mais ciente da necessidade de reflorestar as matas ciliares para proteger os mananciais de água”, diz o engenheiro agrônomo Osvaldo Danhoni, gerente da área ambiental da cooperativa. Pelos cálculos técnicos, com meio milhão de mudas é possível reflorestar cerca de 78 quilômetros lineares de margens, tomando por base os 30 metros previstos em lei para cada lado. “A gente usa a média de 30 metros porque os córregos são mais comuns na região”, explica.

Compromisso - O incentivo à recuperação das matas ciliares ganhou força na cooperativa desde 2003. Em março deste ano foi lançado o Projeto Cultivar. Em parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Basf, a Cocamar passou a colaborar com a produção de mudas em quatro viveiros da região, de onde saíram as 521 mil unidades distribuídas. Um dos viveiros funciona na Apae de Maringá, onde 20 alunos contratados pela cooperativa se encarregam da produção. A unidade tem capacidade instalada para 200 mil mudas por ano e desde que começou a funcionar, em abril, produziu 50 mil mudas, das quais 30 mil já foram entregues.

Mudas - Também do viveiro da Penitenciária Estadual de Maringá saem mudas de mais de uma dezena de espécies, como gurucaia, guaritá, pau-d’alho, canafístula, capixingui, cedro e outras da flora nativa da região. De lá sairão 60 mil unidades até o final do ano. Destas, 21 mil já foram entregues. As mudas são distribuídas sem custo, mediante o compromisso do agricultor de replantá-las e cuidar para que se desenvolvam bem. Os cuidados incluem o isolamento da área para evitar trânsito de animais no local, fazer o coroamento das plantas e, principalmente, irrigar as mudas nos períodos de estiagem. “Caso o produtor precise, a cooperativa oferece a orientação técnica necessária”, ressalta Danhoni. Um estudo feito em 2002 pela Secretaria de Meio Ambiente de Maringá aponta que a maior parte dos córregos que cortam a área urbana e rural do município praticamente está destituída de cobertura ciliar. Essa constatação levou o Ministério Público a cobrar com mais ênfase de proprietários urbanos e rurais ações para reverter o processo de degradação ambiental nas áreas de preservação permanente.

IAP - Para o chefe regional do IAP em Maringá, engenheiro Paulino Mexia, os resultados da parceria com a Cocamar superaram as expectativas iniciais. “Foi um trabalho tão bom que estamos tomando como exemplo para estimular outras cooperativas e empresas a fazerem o mesmo pelo meio ambiente”, disse. Mexia lembra que o passivo ambiental é grande nas áreas rurais, daí a necessidade de correr contra o tempo para minimizar os impactos já produzidos. (Imprensa Cocamar)

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