Nesta sexta-feira, dia 21, acontece em Umuarama, noroeste do Estado, com a presença do ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, do governador Jaime Lerner, do secretário da Agricultura, Antônio Leonel Poloni, do presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, prefeitos, lideranças e produtores, o anúncio da liberação de recursos para financiamento da safra 2001/2002 para a região que abrange o arenito Caiuá. Para o presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, cooperativa que coordena o projeto, até agora todos os recursos saíram do bolso dos próprios agricultores que tiveram de encampar esta idéia da cooperativa. ?O governo anuncia nesta sexta-feira a liberação de recursos através de fundos específicos do BNDES para financiar as primeiras despesas, que são destoca, gradeação pesada, curva de nível e fosfatagem. Calculamos que estes custos iniciais serão em torno de R$ 250,00 a R$ 700,00 por hectare dependendo das condições de cada propriedade. Mas com este financiamento a longo prazo e juros fixos é possível que tenhamos um incremento de área nesta nova modalidade da região do arenito casado com a agricultura?, afirma Luiz Lourenço.
Objetivos do projeto - O arenito Caiuá abrange uma área de 3 milhões e 200 mil hectares, sendo que deste total, 2 milhões e 300 mil são de pastagens com baixa produtividade e solos degradados, portanto, 70% da área hoje é improdutivo. O o projeto pretende readequá-lo, corrigi-lo, através da fertilização do solo, tornando-o produtivo com o cultivo de soja, milho e sorgo para, daqui alguns anos, voltar com pastagem. Como lembra o presidente da Cocamar, a finalidade não é substituir a vocação pecuária da região. Num primeiro momento o projeto pretende revigorar o solo para permitir a volta das pastagens. Atualmente, na região, o faturamento anual de um hectare do arenito gira em torno de R$ 150,00. Com a agricultura este faturamento aumentará oito vezes mais, chegando a R$ 1 mil hectare/ano só na safra de verão. E se os produtores utilizarem pastoreio no inverno, estes valores poderão ser ainda maiores. ?Um projeto que gerará mais renda para os agricultores, mais emprego e desenvolvimento para uma importante região de nosso Estado?, lembrou Luiz Lourenço.