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REPRESENTAÇÃO

LEITE I: MDA quer cooperativas como instrumento de desenvolvimento

O gerente técnico e econômico da Ocepar, Flávio Turra, participou na quarta-feira (09/05), em Brasília, da Reunião Conjunta das Câmaras de Leite OCB/CBCL. A reunião, coordenada pelo presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas discutiu marketing para o produto, política setorial e perspectivas. Segundo Turra, Guilherme Cassel, ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA) se manifestou favorável a apoiar as cooperativas nas políticas governamentais de produção leiteira, garantindo espaço para que as cooperativas participem dos recursos do Pronaf. A estratégia é aproveitar as cooperativas como instrumento de desenvolvimento da agricultura familiar no País. “Já vencemos barreiras e estou animado com o trabalho em conjunto que vem sendo desenvolvido para o setor leiteiro pelo governo, OCB e Confederação Brasileira das Cooperativas de Laticínios (CBCL)”, disse o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Guilherme Cassel, enfatizando que mesmo assim, existe uma carência muito grande de políticas públicas para o setor.

Preço – Flávio Turra destacou que as perspectivas de preços nos mercados interno e internacional são boas. A Austrália, um dos grandes produtores mundiais, enfrenta uma seca que prejudica suas pastagens e por conseqüência a produção de leite. Os preços, portanto, têm subido. O presidente da Federação Panamericana de Leite, Vicente Nogueira, disse que o Brasil já alcançou a auto-suficiência na produção leiteira e por isso é necessário estimular o aumento doméstico do consumo e promover exportações. Atualmente 300 cooperativas são responsáveis por 40 % da produção do país. De acordo com Nogueira, isso significa que cerca de 151 mil cooperados tem a sua renda proveniente do leite.

Marketing – Segundo dados da OCB, o setor cooperativista trabalha para aumentar o consumo de leite per capita no Brasil, passando dos atuais 140 litros para 180 litros - quantidade mínima indicada pela OMS. A idéia é investir em ações estratégicas de marketing para o leite, entre elas a administração de um fundo voltado à promoção do produto tanto no mercado nacional quanto no exterior. Este fundo seria constituído com a contribuição de um quarto de centavo para cada litro de leite comercializado no país. Isso significa que a cada mil litros do produto serão recolhidos R$ 2,50. Os produtores vão contribuir com 25% e as indústrias com 75% desse valor no primeiro ano e a partir do segundo a contribuição seria igual (50%) para produtores e indústria. Turra lembra de que a operacionalização do programa ainda depende de uma maior discussão entre as entidades da cadeia produtiva. As campanhas publicitárias devem contribuir para um aumento considerável do consumo de leite. As estimativas da OCB e da CBCL, para este ano, apontam para um crescimento de 4% na produção de leite, que deve atingir 26 bilhões de litros. A previsão é de que a balança comercial de lácteos seja positiva e as exportações batam novo recorde, podendo chegar a 800 milhões de litros. Os líderes cooperativistas acreditam que esse cenário positivo estimulará a adesão das cooperativas ao Programa de Marketing Institucional do Leite. (Com informações da Assessoria OCB)

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