LEITE DAS CRIANÇAS: Programa completa 15 anos em Curitiba
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Em 2019, o Leite das Crianças completa 15 anos de atividade em Curitiba, que foi a última cidade a integrar o programa do Governo do Estado. Nesse período, aproximadamente 75,8 mil famílias foram atendidas em diversos bairros da capital. O número de instituições de ensino participantes triplicou em relação a 2004, passando de 27 para 84, e oito novos pontos de distribuição em entidades parceiras foram incorporados.
Atendimento - Hoje na capital são atendidas 5,2 mil mães que recebem mensalmente, em média, 170 mil litros de leite para seus filhos. O bairro com maior número de atendidos é o Pinheirinho, onde 1,1 mil mães recebem um volume mensal de 37 mil litros de leite, seguido do CIC (950 mães) com volume mensal de 30,9 mil litros de leite e Cajuru (883 mães) com 28,7 mil litros de leite.
Presença - O Leite das Crianças foi criado em 2003 e está presente nos 399 municípios paranaenses com atendimento a 120 mil crianças de seis a 36 meses. A continuidade do programa comprova sua importância para a saúde dos beneficiados e a pecuária leiteira do Paraná, segundo o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento Norberto Ortigara. “O Leite das Crianças tornou-se uma política preventiva que gera economia para o Estado e hoje é fundamental para garantir renda aos produtores de leite”, diz.
Oferta - A oferta regular do leite pasteurizado enriquecido com vitaminas e sais minerais às crianças em insegurança alimentar garante nutrientes essenciais ao desenvolvimento e crescimento, ajuda a manter o peso e altura ideais para a idade, melhora a imunidade, previne a desnutrição e a anemia, explica a chefe do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional (Desan), Márcia Stolarski. “O tratamento para curar uma criança com desnutrição tem custo muito mais alto do que os gastos do Programa”, explica.
Recuperação infantil - Dados do Ministério da Saúde mostram que o custo médio para recuperação infantil é de R$ 1.477,73/dia com internamento médio de 6,4 dias. Já o custo do Programa é de, em média, R$850 por criança ao ano.
Benefícios - A longevidade do programa faz com que ele esteja presente na história de diferentes gerações. Foi o que aconteceu na família da dona de casa curitibana Mara Aparecida Stankoski Vera, que teve uma das filhas beneficiadas e hoje pega leite para os netos no Colégio Estadual Natalia Reginato, no bairro Cajuru, três vezes por semana.
Consumo - A filha mais nova, Letícia, consumiu o leite até os três anos. “Minha filha caçula, hoje com 13 anos, nasceu prematura e precisava de uma alimentação reforçada. Eu a levava ao médico a cada 15 dias e ele viu que ela estava evoluindo bem”, conta. A outra filha, Amanda, de 29 anos, agora integra também o Programa com os filhos, de dois e três anos. “Com dois filhos pequenos, comprar leite todos os dias fica difícil, e minha filha está desempregada. A ajuda do governo foi boa para mim, minhas filhas e agora para os meus netos”, conta Mara.
Como manter - Para manter o benefício, é necessário comparecer com frequência aos pontos de distribuição. Três faltas consecutivas podem fazer a família perder o direito ao leite. Assim, é comum que outros membros da família sejam autorizados a retirar o alimento nas escolas, criando uma rede de colaboração.
Ajuda - O borracheiro Iraciel Pinto Ribeiro, de 69 anos, vai de bicicleta ao Colégio Estadual Manoel Ribas, no bairro Prado Velho, buscar leite para a filha da enteada, um bebê de um ano e três meses. “Quando a mãe dela tem algum imprevisto e não pode ir, eu mesmo vou, com o maior prazer. O programa está ajudando bastante, porque o leite está caro no mercado. A família toda é grata por esse benefício”, conta.
Determinante - O Leite das Crianças também foi determinante para Mikerlange Meralus, que veio do Haiti para morar em Curitiba há dois anos. Desempregada, ela aderiu ao Programa quando o filho tinha seis meses de idade, e recebe o benefício no Colégio Estadual Santa Luzia, no bairro Água Verde. “Eu soube do programa pelos vizinhos e por uma assistente social”, conta. Hoje, o bebê está com um ano e dois meses e muito saudável.
Estado - Além da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, o programa envolve diretamente as secretarias da Saúde, da Educação, e da Justiça, Família e Trabalho. Para participar, o interessado deve procurar o órgão de Assistência Social do município (Cras ou Creas) mais próximo para ser inserido no Cadúnico, comprovar a renda máxima de meio salário mínimo regional/per capita e apresentar a documentação pessoal e a certidão de nascimento da criança entre 6 a 36 meses. (Agência Estadual de Notícias)