LAR: Produção de frangos é discutida em reuniões do comitê específico

 A Cooperativa Lar promoveu, entre os dias 14 e 18 de maio, as reuniões do Cooper Aves – Comitê Específico de Aves de Corte, para orientar sobre o manejo do frango no período de frio, levar informações técnicas, tratar sobre o processo industrial e a conclusão das ações implantadas visando atingir o abate diário de 286 mil aves ao dia na Unidade Industrial da cooperativa, em Matelândia, para o último trimestre desse ano. Atualmente, a Lar industrializa diariamente 225 mil aves. A partir de julho, haverá o início de abate da 2ª linha, passando para 245 mil aves ao dia. De setembro e até outubro o aumento previsto é de mais 20 mil aves, chegando, em novembro e dezembro, a 286 mil aves ao dia.

Avaliação positiva - O diretor secretário da Lar, Urbano Frey, conduziu todas as reuniões do Cooper Aves e avaliou como muito positiva a oportunidade desse diálogo franco com todos os produtores. Quanto aos resultados técnicos, ele disse que a cooperativa e os associados passaram por dificuldades, devido à matéria prima de qualidade inferior, referindo-se ao milho safrinha do ano passado que sofreu com a geada. "Agora, com as rações sendo produzidas em sua grande maioria com o milho da safra normal, conseguimos recuperar bem os nossos índices técnicos, alcançando níveis como no ano de 2009, que foi o melhor da atividade", disse o Urbano. "Essa volta da boa produção é muito importante. Com a melhora dos índices, o produtor consegue reduzir os custos, o que eleva a possibilidade de ganho. É sempre importante frisar que, quando o produtor está bem, a cooperativa terá menor custo", acrescentou.

Aspecto técnico – De acordo com o médico veterinário e coordenador das atividades da área de avicultura da Lar, Eugenio Arboit, o inverno é o período do ano que propicia os melhores resultados técnicos para o produtor. Ele lembra que as ações específicas de manejo do lote de frango são: controle de temperatura e umidade; consumo de água e ração; qualidade da cama e controle de gases, especialmente a amônia. Segundo Arboit, quando os procedimentos não são feitos corretamente, as aves perdem desempenho técnico como peso médio, conversão alimentar e a mortalidade aumenta, diminuindo a renda do avicultor e da cooperativa. "É um fator totalmente controlável e de inteira responsabilidade do produtor", enfatizou.

Tecnologia – Atualmente, a condução dos aviários implica na utilização de muitas tecnologias e os cuidados com as variações climáticas são importantes para o bom desenvolvimento do frango. "Na chegada dos pintainhos, o ambiente deve estar adequado desde a maravalha, pois o calor tende a subir. Na primeira metade do lote, o cuidado deve ser de peso e uniformidade. Na segunda metade, o lote deve ser conduzido com excelência para que os resultados de todo o trabalho não sejam colocados em risco", orientou o veterinário da Lar. "A atividade de frango de corte só tem crescido em relação aos índices técnicos de produção. O índice do campeão de produtividade não difere grandemente dos demais primeiros colocados, o que nos mostra que é possível o produtor de frango de corte ter condições de realizar um bom desempenho técnico", concluiu.

Renda - A avicultura oportuniza a renda a cada 45 dias e, em muitas propriedades, é a principal atividade. Melhores resultados aliam o manejo eficaz do dia-dia aos detalhes técnicos e, além de tudo, é também um importante elo para a agricultura, principalmente na estruturação do solo. O associado de Missal, Angelo José Jungbluth, está na atividade com seu irmão, desde o ano 2000 com dois aviários. Apesar da queda dos resultados nos últimos seis meses, ele sempre esteve com índices elevados de produtividade.

Índices melhores - "O último lote já está com índices melhores e vamos tentar voltar à ponta de cima. A geada do ano passado trouxe consequências que ainda sentimos na criação de frango, suínos e vacas de leite, pois a produção agrícola tem sequência nas demais atividades" disse ele, que está passando o segundo aviário para o seu irmão, que ficará com os dois, e está construindo um novo. "A princípio, tirei a licença ambiental para dois novos aviários mas, por enquanto, vou construir apenas um, de 126 metros x 12 metros, com todas as tecnologias indicadas pela assistência técnica, como placa evaporativa, nebulização de alta pressão, um pouco mais moderno", disse.

Bons resultados - "Estou sempre obtendo o retorno esperado nos 12 anos que trabalho com a avicultura e, apesar do investimento hoje em um aviário ser bastante alto, acho que é uma boa alternativa pois estou conseguindo pagar o investimento e manter-me na atividade. Confio no meu trabalho, na minha cooperativa e no mercado de carne de frango", disse Angelo, sem esquecer de mencionar a importância econômica da atividade, que movimenta o campo e as cidades de toda a região. (Com informações da Imprensa Lar)