ITÁLIA BUSCA PARCEIROS NO PARANÁ

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Começou hoje em Curitiba, no Cietep, 2.º Simpósio Ítalo-Brasileiro sobre Tecnologias de Alimentos, organizado pela Embaixada da Itália, pelo Instituto do Comércio Exterior italiano ICE, em colaboração com o governo do Paraná, Ocepar, Faep, Citpar, Paraná Agroindustrial, Tecpar, empresários brasileiros e italianos e Estação Experimental para Conservas Alimentares de Parma, cujo objetivo é, a médio e longo prazo, o estabelecimento de parcerias entre empresários dos dois países em vários setores agroindustriais. Os italianos superaram os seus problemas econômicos com base na diversificação da produção agropecuária, no processamento e na comercialização através de consórcios, que reúnem num grande volume a produção de milhares de pequenos estabelecimentos. Até quarta-feira, empresas e instituições de pesquisa e desenvolvimento tecnológico brasileiras e italianas do setor agroalimentar vão discutir sobre barreiras protecionistas, controles fito-sanitários, controle de qualidade, cotas e a rastreabilidade dos produtos agrícolas no mercado italiano.

Conferência Ocepar - O presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, faz palestra sobre o agronegócio paranaense, discorrendo sobre o potencial paranaense no setor de exportações. No mês de setembro de 2001, o país exportou US$ 2,5 bilhões em carne, US$ 700 milhões a mais que do mesmo período do ano anterior. Os volumes embarcados de carne suína cresceram 106% e de bovina in natura, 58,9%. O Paraná, com 9,2 milhões de cabeças de gado, pode avançar muito nas exportações, notadamente se concretizar parcerias comerciais com grupos que conheçam o mercado europeu. O volume anual de produção de carnes no Estado é superior a 500 mil toneladas, sendo que 1,5% é destinado à exportação. O rebanho paranaense de suínos corresponde a 13% do rebanho nacional, que é de 32 milhões de cabeças. Na opinião de Koslovski, este simpósio é uma ótima oportunidade para que empresários dos dois países possam discutir sobre a possibilidade da transferência de tecnologias no campo agroalimentar e comercial. "Diversos dirigentes cooperativistas participam deste evento, onde, além da realização de possíveis negócios, irão estudar a possibilidade da criação de uma joint-ventures ítalo-brasileira. O Objetivo principal é fortalecer o intercâmbio comercial. Hoje a Itália exporta mais do que importa do Paraná, precisamos antes de mais nada equilibrar esta balança, além de eliminarmos de uma vez por todas as restrições tarifárias e sanitárias", lembrou o líder cooperativista.

Abertura - A conferência de abertura que era para ser proferida pelo presidente da Organização Internacional de Epizootias (OIE), Romano Marabelli, por motivos particulares não pode estar presente, foi substituída pela palestra do professor Giovanni Ballarini, da Universidade de Parma, Itália, que falou sobre os riscos alimentares. Segundo ele, hoje, a preocupação maior dos consumidores europeus é com os riscos alimentares. Como o episódio da vaca-louca e da aftosa houve uma espécie de dano psicológico. "Hoje, segundo dados oficiais, 97% dos casos de infecções alimentares são causados pelo manuseio incorreto dos alimentos, e o foco principal está em casa, na cozinha. O simples ato de lavar as mãos diminuiriam estas contaminações consideravelmente", lembra ele.

Conteúdos Relacionados