IPEA II: Indicador registra queda na inflação para todas as faixas de renda em novembro

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Nessa quarta-feira (14/12), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada divulgou os dados de novembro do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, que apontou variação entre 0,27% para a classe de renda alta e 0,49% para as famílias de renda média-alta, na comparação com outubro. No acumulado do ano, até novembro, as altas na inflação variam de 4,87% (renda média-baixa) a 6,27% (renda alta), conforme a tabela abaixo:

ipea II quadro 15 12 2022

 

 

 

 

  

 

Elaboração: Grupo de Conjuntura da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Dimac/Ipea).

Maiores contribuições - As maiores contribuições à inflação no último mês vieram de segmentos diferentes dentre as diversas classes de renda. Os grupos “alimentos e bebidas” e “habitação” geraram pontos de pressão inflacionária nos domicílios de renda muito baixa. Já para as quatro faixas de renda intermediárias, os maiores impactos vieram dos grupos “transportes” e “alimentos e bebidas”. As famílias de renda mais alta tiveram pressão dos grupos “alimentos e bebidas” e “saúde”.

Alimentos e bebidas - Na análise do grupo “alimentos e bebidas”, apesar da queda nos preços dos leites e derivados (-3,3%) e das aves e ovos (-0,51%), os aumentos dos tubérculos (10,1%), dos cereais (0,97%), das frutas (2,9%), dos farináceos (1,1%) e dos panificados (0,73%) contribuíram para elevar a inflação de novembro, principalmente entre as famílias de renda mais baixa. Ainda para essa faixa de renda, os reajustes dos aluguéis (0,80%) e da energia elétrica (0,56%) explicam o impacto inflacionário causado pelo grupo “habitação”.

Renda média - Para os domicílios de renda média, o principal ponto de pressão veio do grupo “transportes”, a partir da alta dos combustíveis, especialmente da gasolina (3,0%) e do etanol (7,6%). Para a classe de renda alta, além do peso um pouco menor dos combustíveis, a queda das passagens aéreas (-9,8%) e das tarifas de transporte por aplicativo (-1,5%) contribuiu para aliviar a pressão inflacionária exercida pelo grupo “transportes”.

Renda maior - Ainda entre as famílias de maior renda, mesmo diante das deflações dos produtos farmacêuticos (-0,16%) e dos artigos de higiene (-0,98%), o aumento de 1,2% dos planos de saúde fez com que, ao contrário do ocorrido nos segmentos de renda mais baixa, o grupo “saúde” exercesse contribuição inflacionária mais alta em novembro.

Comparação - Na comparação com novembro do ano passado, houve recuo da inflação para todas as faixas de renda. A desaceleração, resultante da melhora em seis dos nove grupos que compõem o IPCA, foi maior para as classes mais baixas. Em novembro de 2022, com exceção dos grupos “alimentação e bebidas”, “vestuário” e “saúde e cuidados pessoais”, todos os demais registraram taxas de variação abaixo das apontadas em novembro de 2021.

Acumulado - No acumulado em 12 meses, todas as classes de renda registraram, novamente, desaceleração inflacionária na comparação com o mês imediatamente anterior. Em termos absolutos, a faixa de renda média-baixa aponta a menor inflação acumulada em doze meses (5,6%) e a faixa de renda alta registra a maior taxa no período (7,1%).

Maior pressão - A maior pressão inflacionária nos últimos doze meses reside, de maneira geral, no grupo “alimentação e bebidas”, impactado pelas altas expressivas de diversos segmentos, como: farinhas e massas (21,9%); tubérculos (25,2%); frutas (36,8%); leite e derivados (22,5%); aves e ovos (7,8%) e panificados (20,5%). (Assessoria de Imprensa do Ipea)

Acesse a íntegra do indicador

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