INTERNACIONAL II: Brasil e Reino Unido juntos contra regulação de preços
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Os governos do Brasil e do Reino Unido defendem maior eficiência e transparência do mercado global de commodities como estratégia para combater a volatilidade dos preços dos alimentos. A posição será levada pelos ministros da Agricultura Wagner Rossi (Brasil) e Caroline Spelman (Reino Unido), à próxima reunião do G20, marcada para o final de junho, em Paris.
Inflação - A preocupação com a inflação dos produtos agrícolas foi discutida pelos dois ministros, em reunião no final da tarde de quarta-feira, 6 de abril, em Brasília. Rossi e Spelman são contra as intervenções diretas no mercado para conter a alta dos alimentos. A proposta vem sendo defendida publicamente pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy.
Aumento da produção - "Entendemos que só há uma receita verdadeira para fazer com que os preços dos alimentos se mantenham num patamar razoável: o aumento da produção. A regulação tende a penalizar os mais eficientes", afirmou Rossi. Na avaliação da ministra Caroline Spelman, é fundamental encorajar a eficiência e a competitividade na produção de alimento.
Declaração conjunta - Após o encontro, os dois ministros divulgaram declaração conjunta destacando a necessidade de melhorar o acesso ao mercado, reduzir os subsídios concedidos pelos países desenvolvidos e evitar recorrer a barreiras comerciais não-tarifárias. "Com uma posição comum clamando por liberdade dos mercados talvez possamos contribuir para a estabilização dos preços dos alimentos", disse a ministra. No documento conjunto, Brasil e Reino Unido propõem, ainda, como ação para reduzir a volatilidade dos produtos agrícolas, a criação de uma base de dados global com informações atualizadas sobre estoques e produção, facilitando o equilíbrio entre oferta e demanda. (Mapa)