INTEGRADA: Murate defende prorrogação no prazo do plantio do trigo
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O presidente da Integrada, Carlos Murate, acredita que será necessário prorrogar o plantio de trigo já que a estiagem está dificultando a semeadura da lavoura em algumas regiões do Estado. "O produtor estava aguardando o momento de umidade do solo para poder plantar. Mas como não choveu na época, há uma necessidade de prorrogar o prazo de plantio porque nós estaremos plantando com mais intensidade daqui para frente", afirmou na sexta-feira (8/05), em Curitiba, durante visita ao presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski. No Paraná, o período recomendado para o cultivo de trigo, de acordo com o zoneamento agrícola, iniciou no dia 10 de março. Mas normalmente o plantio ocorre mais intensivamente no Estado nos meses de abril e maio. Na safra passada foram cultivados 1.152.541 hectares, que renderam três milhões e duzentas mil toneladas do cereal.
Milho - Ainda de acordo com Murate, a seca também está atingindo fortemente as lavouras de milho safrinha na região Oeste. "A Integrada atua nas regiões Oeste e Norte do Paraná e nós já tivemos uma quebra bastante grande na safra de verão com a soja e, posteriormente, nas mesmas regiões, nós estamos tendo problema agora, também climático, na safrinha do milho, já que a seca pegou essas lavouras numa fase bastante crítica. Se considerarmos somente a região Oeste, hoje nós podemos estar falando de uma quebra de 30%", esclarece Murate.
Meio ambiente - Em sua passagem pela Ocepar, o presidente da Integrada também comentou a proposta do setor cooperativista paranaense na área de meio ambiente apresentada recentemente ao ministro da Agricultura Reinhold Stephanes e a parlamentares do Estado. "É uma proposta bastante acertada porque o que nós visualizamos e a posição dos nossos cooperados sobre esse tema é que a responsabilidade sobre o meio ambiente terá que ser da sociedade, não só do produtor", afirma. De acordo com Murate, a cooperativa tem procurado conscientizar os seus cooperados sobre a importância de formar as matas ciliares. "Isso deve ser feito para realmente proteger os mananciais, os rios, os córregos. Agora, o ônus de assumir 20% da reserva legal, somente por parte do produtor, o nosso cooperado não aceita. Se é uma responsabilidade, então, que a sociedade também, juntamente com os produtores, assuma essa questão. A proposta da Ocepar está voltada nesse sentido e é muito justa. Estamos bastante satisfeitos com ela e vamos continuar acompanhando o desenrolar desse assunto".
Agilidade - Carlos Murate também destaca a importância de agilidade na definição das mudanças nas leis ambientais. "Terá que ser para esse ano. O Código Florestal vai estar sendo votado e, a partir do momento em que ele se transformar em lei, tem que se cumprir. Mas, para se transformar em lei é necessário analisar aquilo que é o correto, principalmente na questão da responsabilidade de cada segmento, seja por parte do produtor ou da sociedade. Os nossos representantes políticos terão que discutir e buscar aprovar ainda este ano as novas regras porque o prazo que foi dado para se definir essas questões vai até dezembro", acrescenta.