INTEGRADA: Cooperativa e governo se unem para incentivar fruticultura
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A Integrada Cooperativa Agroindustrial realizou, em Londrina, uma reunião conjunta com os principais órgãos estaduais ligados ao agronegócio, com o propósito de apresentar e discutir detalhes do projeto para a construção de uma indústria de sucos. Os investimentos serão de R$ 35 milhões e têm como objetivo incentivar a produção citrícola na região Norte do Estado. A planta industrial teria uma capacidade inicial de esmagamento de mais de 120 mil toneladas de frutas. Para atingir essa produção, é necessária uma área mínima de cinco mil hectares, integrando cerca de mil produtores na primeira fase do projeto. “É preciso agregar valor à produção de nossos associados, além de criar uma alternativa de renda aos pequenos produtores”, argumenta o presidente da Integrada, Carlos Murate. Participaram da reunião, representantes da Secretaria da Agricultura (Seab), Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), Emater e Instituto Ambiental do Paraná (IAP) de todo o Norte do Estado. “É importante trabalhar em conjunto com os órgãos estaduais para que possamos agilizar as questões legais, ambientais e de produção de matéria-prima”, afirma Murate. O chefe regional da Seab de Londrina, Gil Abelin, acredita na viabilidade do projeto já que, segundo ele, “também é uma visão do governo do Estado diversificar a renda dos pequenos produtores com a fruticultura”, comenta Abelin. “Os órgãos do Governo podem ser parceiros no levantamento da demanda dos produtores e no suporte técnico e de pesquisa”, completa. Ainda não está definido em qual município se localizará a indústria. A diretoria da Integrada acredita, no entanto, ser importante o trabalho da Emater entre os pequenos produtores como forma de incentivo ao ingresso na fruticultura. “A laranja, por exemplo, é uma boa alternativa para diversificar a renda quando aliada às outras culturas. O projeto da Integrada é viável e vamos unir a força da cooperativa com a extensão para organizar grupos de pequenos produtores”, analisa o chefe da Emater de Londrina, Ildefonso Hass.
Apoio - Outra preocupação ressaltada pela cooperativa é com relação ao material genético e aspectos fitossanitários de produção. Nessa questão, o apoio da SEAB e do IAPAR será fundamental. “É importante que a base genética seja produzida no Estado, através do IAPAR. Além da preocupação fitossanitária com as mudas, principalmente se vier de outros Estados”, conta a especialista em defesa sanitária e vegetal da Seab em Maringá, Dirlene Rinaldi. A expectativa de faturamento da Integrada com a nova indústria é de cerca de R$ 50 milhões por ano. Com a instalação da indústria de sucos, a cooperativa irá gerar mais de 1.000 empregos diretos e indiretos na região Norte, escolhida por ter condições de clima e solo favoráveis à fruticultura, além de ser um ponto logístico estratégico para exportação. A Integrada, com sede em Londrina, atua em 42 municípios do Paraná. O forte da cooperativa é o recebimento de grãos, que hoje chega a um volume de 1,1 milhão de toneladas por ano. Mas, gradualmente, vem investindo em industrialização com fios de algodão, derivados de milho e ração. Hoje, a parte industrial representa cerca de 15% do faturamento total da cooperativa, que chegou a R$ 673 milhões em 2006.