INFRAESTRUTURA: PAC expõe contradições do governo, diz Sciarra
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"É um governo bipolar, a euforia com os resultados do PAC é intercalada pela triste realidade dos números, que mostram que ele só serviu mesmo aos ímpetos eleitorais da chamada ‘mãe' do programa.". Foi desta maneira que o deputado federal Eduardo Sciarra (DEM/PR) avaliou os desencontros do governo nos últimos dias, quando foi anunciado o andamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Na opinião do parlamentar, o governo está encontrando cada vez mais dificuldades para manter a ilusão de eficiência deste programa, que vem sistematicamente maquiando seus resultados para apresentar números positivos.
Exemplo - Ele cita como exemplo o fato ocorrido no início da semana passada, quando o presidente Lula foi a público desdizer o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que alertou para a necessidade de cortar recursos do PAC para o Orçamento de 2011. Na quinta-feira (09/12) foi a vez da coordenadora do PAC e futura ministra do Planejamento, Miriam Belchior, apresentar à imprensa uma balanço dos quatro anos do programa, indicando que R$ 97,8 bilhões dos investimentos em obras que deveria ser concluídas em 2010 ficarão para 2011. "Mais uma prova de que esse programa teve como única virtude a pirotecnia eleitoral.", diz o deputado.
Critérios técnicos - Sobre o chamado "esforço fiscal", em que o governo pretende cortar R$ 8 bilhões do orçamento para equilibrar as contas em 2011, Sciarra, que é o 2º vice-presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), é enfático: "Espero que o governo tenha critérios técnicos consistentes para efetuar estes cortes e não privilegie obras de um programa marqueteiro e eivado de irregularidades em detrimento dos investimentos indispensáveis para o crescimento econômico do país.", afirmou ele, lembrando que a maioria das obras do PAC investigadas pelo TCU teve seus recursos mantidos no orçamento do próximo ano.
(Assessoria de Imprensa)