Indústrias têxteis pedem a liberação de transgênicos
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Os empresários das indústrias têxteis e de sementes, além dos produtores rurais, estão cobrando maior agilidade na liberação das regras que autorizam a pesquisa de sementes transgênicas de algodão no País. Mais produtivas e com menor incidência de agrotóxicos, as sementes geneticamente modificadas dão maior competitividade ao setor, pois são menos suscetíveis a doenças, se comparadas com os grãos con-vencionais. A autorização para que as empresas iniciem pesquisas sobre a viabilidade de sementes trans-gênicas de algodão no Brasil está emperrada, diz um empresário do setor. O Ministério da Agricultura deu parecer agronômico favorável à pesquisa. Mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) não liberaram os pareceres. Na Anvisa, as normas regulamentando as pesquisas foram definidas em fevereiro, no entanto, a agência ainda segura seu pare-cer. As empresas precisam da autorização dos três órgãos para solicitar o registro especial temporário (RET) para iniciarem os trabalhos.
Benefícios- Os representantes da cadeia produtiva do algodão reuniram-se em São Paulo, para falar sobre os benefícios do grão geneticamente modificado para o setor. Segundo Paulo Degrande, pro-fessor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), os principais países produtores de algo-dão, EUA, Austrália e Índia, já utilizam o grão transgênico em suas lavouras. Os agrotóxicos respondem por 45% dos custos de produção do algodão. Para João Henrique Hummel, diretor da Associação Brasi-leira dos Produtores de Sementes (Abrasem), a demora na liberação das normas pode comprometer o abastecimento de sementes. Segundo ele, o Brasil pode demorar de quatro a cinco anos para garantir o abastecimento, enquanto as sementes clandestinas são usadas livremente, sem uma fiscalização rígida. (Fonte: Jornal Valor)