ÌNDICE: Diesel e produtos agropecuários puxam queda do IGP-M

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Os produtos agropecuários e o óleo diesel foram os maiores responsáveis pela queda de 0,56% do Índice de Preços do Atacado (IPA) na segunda prévia de julho do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). A trajetória do IPA foi a principal razão para que o IGP-M recuasse 0,27% no segundo decêndio de julho, diante de alta de 0,07% na segunda prévia do mês passado.

Recuo - O recuo dos preços dos produtos agropecuários no atacado, que passaram de uma alta de 1,20% na segunda prévia de junho para deflação de 1,16% na segunda prévia deste mês, foi puxado pelos produtos in natura e pelas matérias-primas agropecuárias. Os in natura recuaram 4,57%, diante de uma queda de 0,89% na segunda prévia de junho, enquanto as matérias-primas agropecuárias passaram de alta de 1,51% no segundo decêndio de junho para deflação de 0,66% agora.

Exemplos - "Temos vários exemplos de matérias-primas agrícolas em queda. O preço da soja, por exemplo, caiu depois de três meses de alta", disse Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Diesel - Já o óleo diesel caiu 7,37% na segunda prévia de julho, puxando a queda de 0,37% dos produtos industriais no IPA. Quadros ressaltou que os efeitos do câmbio sobre os produtos industriais já não são fortes como no mês passado, quando esse grupo registrou queda de 0,67% na segunda prévia. O economista afirmou que só o óleo diesel teve contribuição negativa de 0,24 ponto percentual no IPA, respondendo pela maior parte da desaceleração de 0,35 ponto percentual dos preços do atacado entre a segunda prévia de junho e o segundo decêndio de julho. Quadros destacou que os industriais - contando com o diesel - responderam por 0,27 pontos percentuais dessa desaceleração.

IPC - No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o movimento foi contrário, com aceleração. O índice passou de 0,15% na segunda prévia de junho para 0,25% agora. Os alimentos puxaram o movimento, ao passar de deflação de 0,36% para alta de 0,33% em igual período. Dentro dos alimentos, o maior destaque foram as frutas, que aceleraram de uma deflação de 6,33% no segundo decêndio de junho para queda de 0,02% na segunda prévia deste mês, e o açúcar refinado, que caiu 4,40% na segunda prévia de junho para alta de 5,52% agora. (Valor Econômico)

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