GOVERNO FEDERAL: Guido Mantega confirma Osmar Dias no Banco do Brasil
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O ex-senador Osmar Dias (PDT) foi confirmado nesta quarta-feira (06/04) como novo vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil. Agora, para assumir o cargo, Osmar só precisa passar pela aprovação do conselho diretor do banco, que votará a indicação no próximo dia 18. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou ontem a permanência de todo o restante da diretoria da instituição, incluindo o presidente Aldemir Bendine.
Convite - De Brasília, Osmar Dias afirmou que o convite oficial de Mantega veio nesta quarta mesmo. Antes, o senador já havia sido sondado pelo chefe da Casa Civil, Antônio Palocci. Osmar disse que aceitou a função por ter relação com a sua formação: agrônomo, Osmar foi duas vezes secretário da Agricultura no Paraná. O ex-senador afirmou que não pode adiantar por enquanto como será sua atuação. "Só posso me pronunciar oficialmente depois da aprovação no conselho. Mas o cargo é importante para a política agrícola do Brasil. Vai dar para fazer bastante coisa", disse.
Quadros - Na função, Osmar não terá direito a convidar aliados para ocupar cargos no banco. "É uma instituição pública, mas de direito privado. Os quadros são todos do banco. De fora, só eu mesmo. E mesmo assim, só porque tenho formação na área", afirmou.
Cotado - Osmar era cotado para ocupar um cargo no governo federal desde a vitória de Dilma Rousseff no segundo turno, em outubro passado. Além de pertencer a um partido aliado ao PT, Osmar teria a seu favor o fato de ter saído candidato ao governo do Paraná em 2010 para dar palanque a Dilma.
Bom resultado - De acordo com Mantega, a manutenção de Bendine e de quase todos os diretores deve-se ao desempenho do banco. "O Banco do Brasil fechou o ano passado com lucro de R$ 11,7 bilhões e manteve a liderança entre os bancos brasileiros, com R$ 811 bilhões em ativos. Em função desse desempenho, a diretoria está mantida no cargo'', afirmou o ministro.
Politização - Bendine negou que a nomeação de Osmar Dias acarrete a politização da administração do banco. "O Banco do Brasil, ao longo dos anos, está acostumado a trabalhar com nomes políticos. Temos uma governança corporativa muito forte. A política do banco para o setor agrícola é clara e estabelecida e um diretor não pode sair das diretrizes", alegou o presidente do BB. (Gazeta do Povo, com agências)