Governo anuncia medidas para o trigo
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O ministro da Agricultura e Pecuária, Roberto Rodrigues, anunciou nesta quinta-feira (30) durante entrevista coletiva em seu gabinete, que o governo está lançando contratos de opção, para sustentar os preços de trigo, com volume previsto de até 1,5 milhão de toneladas. O primeiro leilão dos contratos será feito no dia sete de novembro, quando serão ofertadas 600 mil toneladas do produto, das quais 300 mil para o Paraná e o restante para o estado do Rio Grande do Sul. O vencimento dos contratos de opção, cujo preço de exercício é de R$ 440,00 a tonelada, acontecerá em 15 de janeiro de 2004, caso o preço de mercado esteja abaixo deste patamar.
LEC - No caso da Linha Especial de Comercialização (LEC), os recursos dependerão da demanda. O prazo para a contratação do empréstimo acontece até 31 de agosto de 2004. O juro fixo de 8,75% ao ano. O pagamento do empréstimo deverá ser feito em 180 dias, em cinco parcelas. Os preços mínimos irão referenciar a operação. O preço mínimo estabelecido pelo governo federal nesta safra é de R$ 400,00 a tonelada para a região Sul e de R$ 450,00 para o Centro-Oeste. O Mapa já liberou R$ 200 milhões para a comercialização do trigo, R$ 100 milhões para EGF e o restante para as CPR. Segundo Rodrigues, o objetivo do governo é sustentar os preços do produto, mantendo o produtor na atividade.
Reivindicações
- Esta decisão do governo surgiu após reivindicações
apresentadas pela cadeia produtiva, durante reunião realizada na Ocepar,
no último dia 17 de outubro, quando lideranças das cooperativas,
produtores, moinhos e governo reuniram-se no intuito de solucionar o impasse
com relação a falta de liquidez do mercado, fato este que acabou
paralisando a comercialização de trigo no Paraná, desde
o dia 20 de setembro. Para o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski,
ao ressaltar a importância destas medidas para o setor, lembrou "que
caso o mercado não reaja com preços acima dos estipulados pelo
contrato de opção, no vencimento, o governo transfira este produto
para que seja consumido nas regiões norte e nordeste do país.
Evitando uma concentração de oferta do produto no momento em que
o governo vier a recolocar no mercado este volume adquirido". Koslovski
também lembrou da necessidade de que o governo remova o mais rápido
possível o produto, caso venha a ser adquirido liberando desta forma
os armazéns das cooperativas.