GADO DE CORTE: Leilão dez marcas bate recorde nacional

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O 12º Leilão Dez Marcas realizado na semana passada, em Londrina, foi considerado um sucesso de vendas. Segundo o organizador do evento, Alexandre Turquino, foram comercializados 1.180 animais de elite do gado de corte, que gerou um faturamento de R$ 657 mil - registrado como recorde estadual. O leilão também bateu o recorde nacional em relação à media que cada exemplar foi vendido: R$ 556,83, segundo a Programa Leilões. Para Turquino, o evento teve um bom desempenho e mostrou que o problema relacionado à febre aftosa ficou no passado. O Estado viveu quase um ano sob a crise de que o rebanho havia sido contaminado pelo vírus da aftosa, a exportação da carne foi embargada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e o trânsito de animais no mercado interno também foi proibido. ''Na verdade já ficou provado que os animais não estavam contaminados, e o leilão só veio confirmar isso e mostrar que as expectativas dos pecuaristas para o próximo ano são as melhores'', comentou o organizador.

Laudo - O laudo conclusivo da necropsia que deverá apontar definitivamente se o gado foi contaminado ou não deve sair nos próximos dias. Durante o leilão foram arrematados 595 machos, por um preço médio de R$ 598,86 cada um, e 585 fêmeas, com valores médios de R$ 514,08 cada. De acordo com Turquino, o melhor resultado ficou com os animais cuja raça é o cruzamento de Nelore com Red Angus: R$ 900 em média. Ao total foram 8 raças, 20 compradores e 24 vendedores. Todos os animais passaram pela fiscalização sanitária da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab). O maior comprador do leilão foi o pecuarista André Carioba, que arrematou 283 cabeças, totalizando R$ 178 mil. ''Este foi o melhor Leilão Dez Marcas que já teve, tanto pela qualidade quanto pela quantidade de animais presentes'', afirmou Carioba.

Lição - Quanto à questão da crise da febre aftosa, o pecuarista lembrou que o problema serviu para que os produtores do Estado entendessem que é preciso se organizar. Ele contou que agora, representantes da Associação Nacional dos Produtores de Bovino de Corte - criada há poucos meses - têm participado ''in loco'' das reuniões com o Ministério da Agricultura, a Seab e a OIE para atuarem mais de perto em todas as decisões. (Folha de Londrina)

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