Frigoríficos acusados por formação de cartel
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O Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte, da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), quer denunciar ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) as indústrias frigoríficas por formação de cartel. Os frigoríficos são acusados de usar uma tabela única de deságio, com o objetivo de penalizar o pecuarista na compra do gado para abate. O presidente do Fórum, Antenor Nogueira, se reuniu na terça-feira com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, para discutir o assunto. No encontro, Rodrigues foi convidado a encabeçar a denúncia, que antes de ser enviada ao Cade, será avaliada e decidida em reunião de hoje entre representantes dos ministérios da Agricultura, Fazenda e Justiça.
Preço determinado - A tabela adotada criou faixas de deságios que antes não existiam, e aumentou as porcentagens dos deságios já existentes. Ao todo, são sete tipos de deságios, entre 3% e 30%, para os preços de determinadas carcaças de animais que não se enquadram nos padrões considerados ideais para abate. Antes da tabela, os criadores vendiam o gado com porcentuais menores de deságios ou sem eles, independentemente do peso individual de cada animal. A tabela, agora, estabelece que o deságio varia de acordo com o peso. Quanto mais leve ele for, maior é o deságio. Além disso, o deságio para animais que precisam de tratamento sanitário aumentou, em alguns casos, de 10% para 30%, o que revoltou os pecuaristas.
Classificação - O Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado de São Paulo informou não ter qualquer responsabilidade sobre a tabela, mas defendeu a classificação feita pelos frigoríficos. “Isso é valorizar o mercado. É a expressão da melhoria que a pecuária está passando no exterior. O mercado pede que a carne seja melhor classificada e os frigoríficos atendem os clientes”, diz Hélio Toledo, diretor do sindicato. A tabela adotada criou faixas de deságios que antes não existiam, e aumentou as porcentagens dos deságios já existentes. Ao todo, são sete tipos de deságios, entre 3% e 30%, para os preços de determinadas carcaças de animais que não se enquadram nos padrões considerados ideais para abate. (Gazeta do Povo)