FÓRUM OCEPAR I: Para a população urbana, o rural é o outro, diz especialista
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{gallery}noticias/2011/Dezembro/19/20111219153312/{/gallery}Explicar os principais pontos do novo Código Florestal aprovado no Senado Federal, avaliar o que a Câmara dos Deputados ainda pode fazer a respeito e fazer um balanço dos itens do texto que contemplam o cooperativismo. Estes foram os objetivos da participação do consultor jurídico da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Leonardo Papp, no Fórum Jurídico e de Meio Ambiente na última sexta-feira (16/12), na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba. Antes de detalhar principais os itens do texto, o consultor contextualizou as discussões em torno do novo Código Ambiental, lembrando que, por detrás dos debates, está a necessidade da população urbana em adotar um discurso ambientalmente correto. “A população urbana está em meio a uma grande crise existencial. E resolver esta crise está muito fácil: basta incorporar um discurso ambiental nos outros. Infelizmente, é desta forma que a sociedade brasileira está estruturada, pois para a população urbana, o rural é o outro. É muito mais fácil eu resolver minha crise existencial de protetor da natureza, quando não é no meu quintal que isso afeta”, afirmou.
Temas – No Fórum, Papp fez uma análise técnica do texto aprovado no Senado. “A ideia é trazer informações para que as pessoas possam formar suas próprias opiniões. A finalidade é destacar os elementos mais importantes, a exemplo de como fica a questão das áreas de preservação permanentes em atividades já consolidadas, as novas regras para a Reserva Legal, e os instrumentos econômicos de incentivo e de estímulo previstos no texto”, disse. Na sua avaliação, é normal que surjam vários questionamentos e dúvidas em relação ao tema, pois o que está se vivenciando é uma grande alteração numa legislação que existe há muito tempo no país. “Não só área ambiental, mas no campo do direito como um todo, sempre que se promove uma alteração legislativa significativa, é inevitável que surjam dúvidas. O texto do novo Código foi pensado para que se tenha o menor número de dúvidas, mas os questionamentos são inerentes ao processo”, concluiu.