FOCO DE AFTOSA III: Paraná determina reforço na fiscalização

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O governador Beto Richa determinou que a Secretaria de Agricultura e Abastecimento reforce a fiscalização na faixa de fronteira e amplie a vigilância em todo o Estado para evitar entrada de gado paraguaio no Paraná em função da notificação de um novo foco de febre aftosa no Departamento de San Pedro, no país vizinho.
 
Esforço conjunto - Richa também falou com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro. Na conversa os dois acertaram que haverá um esforço conjunto para proteger a pecuária nacional de qualquer risco de contágio. “Combinei com o ministro que tanto o Paraná quanto o governo federal vão intensificar as medidas de fiscalização e prevenção”, disse o governador.

 

24 horas - Segundo o secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, as equipes paranaenses de fiscalização sanitária vão trabalhar 24 horas nos postos de inspeção, vão montar barreiras nas principais vias de trânsito entre o Paraná, Mato Grosso do Sul, Paraguai e Argentina, fazer vigilância volante nas estradas e visitar propriedades que possam estar expostas a risco ou suspeitas.

 

Proibição - Ortigara disse que a entrada de animais do Paraguai está proibida desde setembro, quando ocorreu o primeiro caso de aftosa em uma fazenda paraguaia. “A situação é preocupante e não vamos expor o nosso rebanho. Vamos fazer o esforço que for necessário para evitar a entrada de qualquer produto que possa representar risco ao gado paranaense. A determinação é de exercer poder de polícia em toda a faixa de fronteira”, disse o secretário Norberto Ortigara.

 

Vigilância - Ele informou que já manteve contato com autoridades sanitárias do Mato Grosso do Sul, que estão mobilizando forças policias e o Exército para reforçar a vigilância no trânsito de animais. “Tudo será feito com a maior responsabilidade e de forma integrada entre os estados e o governo federal”, destacou Ortigara.

 

Vacinação - O secretário afirmou também que o Paraná fechou há cerca de mês uma campanha de vacinação que imunizou aproximadamente 97% do rebanho. Isso, de acordo com ele, reforça a capacidade de imunização do plantel paranaense. “Mas não dá para ficar desatento. Nosso propósito é tornar o Paraná livre da aftosa, sem vacinação, até 2013”, explicou.

 

Paraguai - É o segundo registro de aftosa no Paraguai em menos de seis meses. Em setembro, cerca de 820 cabeças de gado foram sacrificadas em San Pedro. Essa região fica a cerca de 230 quilômetros de Guaíra e a 130 quilômetros do Mato Grosso do Sul. No caso atual, os números preliminares indicam são 131 animais suspeitos e 15 com contágio confirmado. Os números foram informados pelo governo paraguaio a Organização Internacional para Saúde Animal (OIE).

 

Alerta - A Divisão de Sanidade Animal (DSA) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento está alerta para que as cargas das espécies suscetíveis (bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos) que entrem no Paraná sejam vistoriadas com prioridade. A movimentação de bovinos deverá estar devidamente registrada no cadastro da DSA.

 

Controle de cargas - A orientação é para que os fiscais dos Postos de Fiscalização façam a imediata comunicação às Unidades Veterinárias de destino das cargas e que estas realizem a vistoria dos animais no menor tempo possível, dando maior prioridade para as cargas de bovinos oriundas do Mato Grosso do Sul, especialmente as procedentes de municípios de fronteira com o Paraguai.

 

Isolamento - De acordo com o responsável pela Área de Febre Aftosa da secretaria, Valter Ribeirete, é preciso também convencer o produtor a manter os animais isolados por 15 dias antes de juntá-los ao rebanho ou movimentá-los para outra propriedade. “Ao receber os animais na propriedade de destino, o produtor deve comunicar à Divisão de Sanidade Animal qualquer alteração no rebanho, sobretudo relacionada à claudicação e salivação”, esclareceu. (Agência Estadual de Notícias)

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