FELIZ ANO NOVO: Muito além de palavras

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Ao término de um ano, normalmente, as pessoas cumprimentam amigos, parceiros, colaboradores e tantas outras pessoas com um efusivo FELIZ ANO NOVO! Mais do que a passagem de um ano para o outro, a virada de Ano Novo é um momento de renovar esperanças para que nossos desejos e anseios se realizem.

Nós, que fazemos parte do cooperativismo, não fugimos à regra. Também alimentamos sonhos que se renovam a cada começo de ano, seja no campo familiar, pessoal e profissional. Em nossa atividade, neste momento de congraçamento, nossa maior esperança é que em 2011 a sensibilidade, o discernimento e, principalmente, o conhecimento por parte das autoridades constituídas, prevaleçam e que isto reflita em atitudes concretas voltadas a contemplar questões importantes que se arrastam, anos após anos e por intermiáveis discussões.

 

Um Feliz Ano Novo poderia, portanto, ser representado pelo reconhecimento da contribuição que o cooperativismo proporciona na geração de emprego e renda e, sobretudo, na consciência do espírito e da iniciativa de milhões de pessoas que fizeram da cooperação seu objetivo de vida.

 

Certamente, ficaríamos mais felizes se o cumprimento de um Feliz Ano Novo das nossas autoridades viesse acompanhado do compromisso, possível e viável de soluções para:

 

- a não interferência do Estado na formulação de uma Lei Cooperativista que contemple os interesses verdadeiros daqueles que conhecem e praticam os ideários cooperativistas;  

 

- a regulamentação dos artigos constitucionais referentes ao cooperativismo, aprovados em 1988 e que ainda não foram tratados adequadamente;

 

- o reconhecimento do Ato Cooperativo de todos os ramos de atuação das sociedades cooperativas. O Ato Cooperativo é a alma das cooperativas;

 

- a implementação de políticas públicas que garantam renda ao agricultor;

 

- o reconhecimento de que a atividade agrícola é de alto risco e que, portanto, o agricultor precisa de instrumentos que lhe dêem segurança contra as adversidades que inevitavelmente surgem;

 

- o reconhecimento de que sem o trabalho do agricultor ninguém sobrevive;

 

- a valorização, apoio e estímulo na constituição e no trabalho realizado pelos 14 ramos de atuação das cooperativas;        

 

É evidente que não somos e nem queremos ser pessimistas. Mas considerando todos os esforços realizados por milhares de cooperativistas para viabilizar a atividade de cada um dos milhões de cooperados brasileiros, considerando a contribuição que estes mesmos cooperados dão ao desenvolvimento das comunidades, municípios, Estado e País, e considerando o excepcional trabalho realizado pelo cooperativismo para a formação do ser humano como um ente que traz no seu modo de ser e agir, o espírito de solidariedade e cooperação, temos total segurança para afirmar que não há, em grande parcela do público governamental, e em todos os níveis, a sensibilidade da real importância que o cooperativismo representa para o desenvolvimento de um mundo mais justo e que realmente promove mudanças profundas no modo das pessoas agirem produtivamente.

 

Por este motivo, quem sabe, algumas autoridades recentemente eleitas nos Estados e no País, possam entender que um voto de Feliz 2011 pode ir além de simples palavras. Pode trazer embutido a sensibilidade de reconhecer o mais importante instrumento de valorização e desenvolvimento das pessoas que é o cooperativismo.

 

Oxalá isto aconteça!

 

Feliz Ano Novo!

 

João Paulo Koslovski

Presidente do Sistema Ocepar

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