EXPOLONDRINA: Máquinas elevam números

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As vendas de máquinas e equipamentos agrícolas prometem alavancar o faturamento da 51.ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina, que espera movimentar R$ 200 milhões. O setor iniciou 2011 em boa fase e, com a perspectiva de ampliação na renda dos produtores a partir dos preços elevados das commodities, quer aproveitar a feira para marcar pontos. Segundo os expositores, os agropecuaristas encontram na ExpoLondrina condições de compra melhores do que as disponíveis no mercado. Eles consideram a oferta de financiamentos - os bancos anunciaram R$ 320 milhões a prazos ampliados e juros reduzidos - e o relançamento do Programa de Sustentação do Investimento (PSI).

Prazos especiais - "Orçamentos que normalmente tem apoio de 80% podem ser 100% financiados aqui no evento. Durante a feira, os prazos também são especiais, dependendo de cada caso", afirma Flávio Mazzaro, superintendente regional do Banco do Brasil, principal agente do crédito rural no Paraná.

 

Reabertura - A reabertura do PSI ocorreu no início deste mês. Sem o programa as vendas de máquinas e equipamentos agrícolas têm caído 10% no país. Desde que surgiu, em 2009, o PSI destinou R$ 8,7 bilhões a esse segmento, em 60 mil operações. A linha havia sido fechada pelo governo federal para readequação da taxa de juros - de 4,5% para a casa de 6,5% a 8,7%. Os expositores esperam que os produtores rurais façam, na ExpoLondrina, as aquisições que não fizeram no Show Rural, em Cascavel, em fevereiro.

 

Disposição - Nelson Medina, agricultor de Faxinal, mostra que nem todos os produtores estão assim tão dispostos e gastar os resultados da produção 2010/11. "A última safra foi boa, mas o produtor ainda está pagando as dívidas do ano passado", justifica. Mesmo assim, estuda a compra de um trator novo, o que, segundo ele, vai depender das linhas de créditos disponíveis.

 

Queda - As vendas de máquinas agrícolas de janeiro a março caíram 8,9% em relação ao mesmo período do ano passado, conforme a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O setor comercializou no mercado interno 15.127 unidades no período, sendo 12.057 tratores. Março foi 10% pior que o mesmo mês de 2010. As bases de comparação são altas, referem-se ao melhor ano da história para o setor. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

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