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EXPEDIÇÃO SAFRA III: Custo menor não se traduz em lucro maior

Os solos férteis e planos que ajudam a Argentina a se sustentar como um dos maiores players do agronegócio mundial são também o principal diferencial competitivo do país vizinho em relação ao Brasil. Além de conferir às plantas maior potencial de recuperação após períodos de estiagem, também reduzem os custos de produção, pois permitem que o agricultor invista menos em fertilizantes. Produtores argentinos ouvidos pela Expedição relatam que, para cultivar um hectare de soja, gastam em média US$ 200, valor que sobe a US$ 300/ha quando a opção é pelo milho. "No Paraná, o produtor precisa desembolsar o dobro disso", compara o agrônomo Robson Mafioletti, da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar).

 

Rentabilidade - Mas, mesmo com custos menores, a rentabilidade da safra do país vizinho deve ser parecida com a dos brasileiros neste ano, calcula Mafioletti. Problemas internos como falta de apoio do governo corroem parte da renda dos argentinos. A política das retenções, por exemplo, abocanha 35% do lucro com a venda da soja, 18% do milho e 23% do trigo, relatam os produtores.

 

Arrendamento - Em um país onde 65% dos grãos são produzidos em terras alugadas, o custo do arrendamento também é um entrave ao crescimento. Pago anualmente, o aluguel de um hectare produtivo consome entre 1,4 mil e 2 mil quilos de soja nos pampas centrais da Argentina. Isso eleva o custo direto do produtor para 6 mil quilos/ha no caso do milho e para 1,3 mil quilos na soja, calcula o consultor Elio Mochini, de Pergamino, província de Buenos Aires. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

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