EXPEDIÇÃO 2010/11 III: No Oeste do PR, cotações anulam quebra

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Mesmo em regiões onde houve registro de perdas, como no Oeste do Paraná, os produtores se mostram animados com a safra 2010/11. Com a colheita da soja concluída há pouco mais de uma semana - com cerca de 10 dias de atraso -, a cooperativa C.Vale, com sede em Palotina, contabilizou queda de 12% na produtividade média neste ano. A baixa, contudo, não tira o sono dos agricultores, que comemoram o encerramento de uma safra que pode não ter sido cheia como a do ciclo anterior, mas que será mais lucrativa.

Rendimento - O potencial era para 3,6 mil quilos de soja por hectare, rendimento similar ao da temporada passada, mas a média apurada ao final da colheita ficou pouco acima dos 3,1 mil quilos/ha. O período seco esperado para a virada do ano não se confirmou, mas a previsão de estiagem foi suficiente para comprometer o resultado da safra.

População de plantas - Conforme o supervisor do departamento Agronômico da C.Vale, Luis Pedroso, o produtor aumentou a população de plantas. Como a seca não veio, a soja cresceu demais e acamou. "Também houve problema de insolação, com perda de peso, e excesso de chuva, que dificultou os tratos culturais", explica. Mas a safra será mais rentável para o produtor neste ano. Em média, calcula o técnico, os agricultores estão recebendo R$ 10 a mais por saca. A soja, que no ciclo passado foi vendida entre R$ 30 e R$ 32, agora alcança médias de R$ 40 a R$ 42 no Oeste do Paraná.

 

Vendas antecipadas - Para aproveitar os bons valores oferecidos pelos compradores, os cooperados da C.Vale anteciparam as vendas e, no início de 2011, já tinham um quarto da safra comprometido, contra menos de 5% há um ano. Mesmo na venda antecipada a renda foi maior que a de um ano atrás.

 

Projeção otimista - Com produção e preço maiores, a Cocamar também projeta resultado positivo para 2011. Agora com estrutura ampliada após fusão com a Corol, a cooperativa espera receber neste ciclo mais de 1 milhão de toneladas, contra 903 mil toneladas na temporada anterior. Na esteira da boa produção, deve ampliar o volume de grãos processados, de 872 mil toneladas para 920 mil. Diante do bom desempenho da oleaginosa no campo e na indústria, a Cocamar espera romper com folga a marca dos R$ 2 bilhões em faturamento, 25% a mais que em 2010 (R$ 1,6 bi). Em 2009, a Cocamar faturou R$ 1,4 bi e a Corol, R$ 600 milhões. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

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