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Exigências ambientais inviabilizarão a suinocultura no Paraná

O presidente da APS - Associação Paranaenses de Suinocultores, Irineu Wessler e dirigentes da Ocepar, Faep, Sindicarne e da Fetaep, estiveram reunidos com o vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, quando manifestaram preocupação sobre as recentes normas editadas pelo Governo do Estado, através do Decreto 3.320 e posteriormente a Portaria do IAP nº 233, de 26.11.2004, que resultará não só na diminuição do número de produtores de suínos no Estado, como também levará muitos a abandonar a atividade e o campo. Nesta reunião realizada no dia 12 de janeiro, as entidades entregaram um documento onde afirmam que na medida que as atuais licenças para atividade forem vencendo, certamente elas não serão renovadas. A estimativa é que apenas 5% dos produtores terão suas licenças renovadas.

Números - Hoje, existem no Paraná cerca de 4,1 milhões de cabeças de suínos, distribuídos em aproximadamente 137 mil propriedades, das quais, 50% com menos de 50 hectares e onde a atividade é fator de sobrevivência. O setor gera 217 mil empregos diretos e ais 298 indiretos, responsáveis pela exportação de 78 mil toneladas de carne e derivados de suínos para diversos países, geando divisas e riquezas para o estado e o País.

Alternativas – Entres as alternativas apresentadas a Pessuti pelas entidades da cadeia produtiva da suinocultura no Paraná, está a implantação de um programa semelhante ao que foi concebido para o Estado de Santa Catarina, onde todos, setor privado, setor público, Ministério Público, prefeituras, através do diálogo e da posição política possam encontrar uma solução viável. Criação de um Grupo de Trabalho para que sejam discutidas todas as propostas apresentadas.

Reserva Legal – Segundo as entidades, a questão central de todo o problema que é a Reserva Legal, ficaria para uma discussão posterior, não sendo, entretanto, discutida a questão da mata ciliar, onde o cumprimento da legislação deve ser totalmente observado. “Nossas entidades e o governo do Estado já trabalharam em parceria em outros projetos, notadamente os de ordem sanitária, onde juntos conseguimos criar o Conesa, livrar o Paraná da febre aftosa, da peste suína e dar exemplos positivos para todo o País, pela força da agregação, da vontade e da disposição da parceria. Segundo estes princípios, podemos também avançar na questão ambiental. Basta que juntos façamos uma análise crítica da situação, busquemos alternativas viáveis e também juntos implantemos um programa objetivo para a suinocultura do nosso Paraná”, diz o documento assinado por todos os presidentes das entidades.

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