ESTRUTURA PÚBLICA: Órgãos da agricultura prometem reforço
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Os dois principais órgãos públicos da agricultura do Paraná prometem intensificar suas atividades neste novo governo. Os presidentes do Instituto Emater e do Instituto Agronômico do Paraná, o Iapar, afirmam contar com orçamentos limitados, mas dizem que conseguirão colocar os planos de governo de Beto Richa (PSDB) em prática. Buscam apoio em outras estruturas: prefeituras, universidades, instituições de pesquisa e governo federal.
Emater - A Emater precisa das prefeituras para manter atuação em 395 dos 399 municípios do Paraná e conseguir ajudar essas regiões a enfrentarem problemas como a migração de famílias do campo para os centros urbanos, defende Rubens Niederheitmann, de volta ao comando da instituição, que exerceu pela primeira vez entre 1999 e 2000 durante o governo de Jaime Lerner.
Iapar - O Iapar tem de reforçar a interação com redes de pesquisas para que seus trabalhos sejam úteis ao campo, num ambiente em que o acesso às tecnologias determina a competitividade da agropecuária, afirma Florindo Dalberto, novo presidente do instituto, que também está retornando ao posto deixado no início do governo de Roberto Requião (PMDB).
Pessoal - Um dos principais problemas para Emater e Iapar é a falta de pessoal. Para que todos os cargos sejam ocupados, o estado teria de contratar mais 700 pessoas, o que, segundo os novos presidentes, deve ocorrer aos poucos ao longo dos próximos quatro anos. No caso do Iapar, a questão é contornada com estagiários e pesquisadores que se associam ao instituto durante projetos de pós-graduação.
Responsabilidades - As responsabilidades que pesam sobre os dois órgãos são consideradas cruciais para o desenvolvimento do Paraná. A condição de estado mais pobre do Sul está relacionada à falta de alternativas de renda estruturadas que mantenham a população em cidades menores, defende Niederheitmann. Para Dalberto, um dos fundadores do Iapar, a função básica da instituição é garantir o desenvolvimento da agricultura familiar, um mercado "que nem sempre interessa às instituições privadas" de pesquisa e produção de insumos. Veja ao lado os principais trechos das entrevistas concedidas por ambos ao Caminhos do Campo após suas posses.
Emater: Assistência e extensão - 1,3 mil funcionários, com déficit de aproximadamente 300; R$ 100 milhões no orçamento deste ano, mais os investimentos de prefeituras e do governo federal; sede em Curitiba e atuação com escritórios em 395 dos 399 municípios.
Iapar: Pesquisa e tecnologia - 1,2 mil funcionários, com déficit de aproximadamente 500; R$ 110 milhões em orçamento e parcerias com outras instituições de pesquisa. Conta com 119 pesquisadores; sede em Londrina, dois polos regionais (Curitiba e Ponta Grossa) e 19 estações experimentais. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)