ESTADOS UNIDOS: Sistema Ocepar compara produção do Brasil e Argentina com americana

A gerência técnica do Sistema Ocepar fez um comparativo da produção de soja e milho nos cinco principais estados produtores do Brasil, Estados Unidos e Argentina. O principal destaque na produção norte americana é o estado de Iowa, região cujas dimensões são semelhantes ao Paraná. “No entanto, somente a produção de milho dos EUA deve totalizar 63,8 milhões de toneladas, mais que a produção total de soja no Brasil”, explica o analista econômico Robson Mafioletti.

Participação - Os cinco principais estados norte americanos produtores de soja e milho respondem por 57% e 65%, respectivamente, da produção total do país destas duas commodities. Outro destaque é a produtividade média de milho do país: 9,60 toneladas/hectare, contra 3,60 toneladas/hectare no Brasil e 5,9 toneladas/hectare na Argentina. As duas commodities, juntas, respondem por 64% da safra americana de grãos.

Quadro 01 – Comparativo do cultivo de soja e milho nos Estados Unidos

Fonte: USDA www.usda.gov , Elaboração: Ocepar/Getec.

Produtividade - Quanto a soja, a produtividade nos três paises que, juntos, respondem por 80% da produção mundial, são similares com cerca de 2,80 toneladas/hectare. No Brasil, o destaque fica por conta do estados do Paraná e Mato Grosso que, juntos, respondem por 38% da produção de milho e 47% da produção de soja do país. As duas commodities respondem, juntas, por 83% da safra de grãos do Brasil. 

Quadro 02 – Comparativo do cultivo de soja e milho no Brasil                         

Fonte: CONAB, www.conab.gov.br - Elaboração: Ocepar/Getec

“Pampa Úmido” - Na Argentina, o conhecido “Pampa Úmido” que compreende as províncias de Buenos Aires, Córdoba e Santa Fé responde por 75% da produção de soja e milho do país. As duas commodities, juntas, respondem por 58% da safra Argentina de grãos.

Quadro 03 – Comparativo do cultivo de soja e milho na Argentina                   

Fonte: SAGPYA -  www.sagpya.mecon.gov.ar, Elaboração: Ocepar/Getec.

Novas áreas - Na Argentina há pouca possibilidade de incorporação de novas áreas no processo produtivo, bem como, nos Estados Unidos, onde o houve um aumento de 21% na área plantada de milho, a qual totalizou 34,6 milhões de hectares. Este aumento na área plantada de milho se fez em cima da redução de 15% da área plantada de soja que foi de 25,6 milhões de hectares.

Endividamento - Essa possibilidade de incorporação de novas áreas deve ocorrer predominantemente no Brasil, que possui área disponível para o cultivo. “Mas é necessário urgentemente equacionar o endividamento do setor e buscar novas formas/fontes de financiamento, bem como seguro efetivo de produção”, alerta Robson Mafioletti.

DESENVOLVIMENTO DAS LAVOURAS DE SOJA E MILHO NOS EUA:

SOJA: Até o dia 26 de agosto, a formação de vagens de soja ocorreu em 96% das lavouras, mesmo percentual do ano passado e na média dos cultivos de 2002 a 2006, foi de 92%.  As lavouras em fase de maturação (queda de folhas) até o momento são 6%, no mesmo período do ano passado era de 7% e na média dos cultivos de 2002 a 2006 era de 5%.

Condições das lavouras de soja - 55% das lavouras de soja estão em condições boas a excelentes, 28% regulares e 17% estão em situação ruins e péssimas.

MILHO: Condições das lavouras de milho - 59% das lavouras de milho estão em condições boas a excelentes, 25% regulares e 16% estão ruins e péssimas. Fases de desenvolvimento das lavouras, 91% estão na fase de espigamento, contra 83% na média dos últimos cinco anos. Na fase de milho verde estão 63% das lavouras neste ano, contra 49% na média dos últimos cinco anos. Na fase de maturação fisiológica tem 12% das lavouras, contra 9% na média dos últimos cinco anos.

As condições das lavouras de soja e milho nos Estados Unidos na situação de boas a excelentes apresentaram estabilidade em relação a semana anterior, conforme demonstrado no quadro a seguir

Situação das lavouras

Soja

Milho

Até 26/08

55%

59%

Até 19/08

54%

58%

COTAÇÕES DA SOJA E MILHO NO PARANÁ E NA CBOT:

Os preços médios do milho e da soja recebidos pelos produtores paranaenses em 27/08 foram de R$ 17,26/saca de 60 kg e de R$ 31,41/saca de 60 kg, respectivamente, dados estes, levantados pela SEAB/DERAL. Os preços do milho apresentaram elevação média de +1,0% em relação à semana anterior e a soja de +2,3% no mercado interno.

Essa elevação de preços do milho e da soja são reflexos da maior demanda de milho por parte da Europa, pela continuidade de demanda aquecida na China por soja e em menor grau pela desvalorização do real frente ao dólar ocorrida nas últimas semanas.

As cotações em Chicago para a soja registraram elevação no pregão de ontem (27/08). Na comparação com a semana anterior essa elevação é em média de + 5,5% e com o mês anterior essa elevação é em média de + 3,5%.

As cotações em Chicago para o milho apresentaram pequena queda no pregão de ontem (27/08). No entanto, na comparação com a semana anterior a elevação é em média de +1,5% e na comparação com o mês anterior a elevação é de cerca de + 4,5% variando de acordo com o mês de vencimento do contrato.

Nos quadros a seguir são demonstradas às cotações de ontem (27/08) e a variação comparativa com a semana e o mês anterior, tanto para a soja quanto para o milho.  

BOLSA DE CHICAGO – CBOT – Cotações da Soja e do Milho:

SOJA – Contratos na bolsa de Chicago - fechamento em 27/08 e variação (%) em relação a 1 semana e a 1 mês 

Fonte: CBOT, Elaboração: Ocepar/Getec – fechamento de 27/08/2007. (1 bushel de soja = 27,216 kg).

MILHO – Contratos na bolsa de Chicago – fechamento em 27/08 e variação (%) em relação a 1 semana e a 1 mês 

Fonte: CBOT, Elaboração: Ocepar/Getec – fechamento de 27/08/2007. (1 bushel de milho = 25,400 kg).