ENERGIA: Empresários buscam parceria para biomassa
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Empresários brasileiros e alemães (da região de Baden-Württenberg) estão desde segunda-feira (03/03), em Curitiba, para debater a troca de experiências e informações para a produção de energia através de biomassa. A idéia é fazer com que os países cada vez mais estejam independentes de uma mesma matriz energética, evitando crises como a do petróleo (que por anos foi a principal matriz energética do Mundo). O encontro vai até o dia 7, na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP).
Referência - De acordo com o coordenador do Departamento de Energia do Sistema Fiep, Frederico Reichmann Neto, o Brasil é referência na produção de energia vinda da cana-de-açúcar. No entanto, estaria atrasado em tecnologias como o desenvolvimento do biodiesel, hidrólise da celulose, aproveitamento racional de resíduos de madeira, de dejetos de perímetros urbanos, da suinoculutra, entre outras. O que queremos é ter um Núcleo de Desenvolvimento destas tecnologias. A biomassa não vai substituir o petróleo, mas há uma tendência mundial em se diversificar a matriz energética e nós temos o clima adequado para isso. Somos um país com clima tropical e sub-tropical, ideal para produção de pinhão manso, mamona, canola, exemplificou.
Pesquisa - Reichmann lamentou a falta de investimentos governamentais em pesquisa científica. O Brasil investe muito pouco em pesquisa. Temos pesquisas pontuais da Embrapa, por exemplo. Mas as universidades brasileiras e os centros de pesquisa estão carentes de recursos. Ou por desleixo, ou por outro motivo qualquer, a pesquisa sempre ficou para segundo plano. É um grande erro, disse o empresário. Ele lembrou que países como a Coréia, Twaian, China, Leste Europeu e Irlando resolveram investir em pesquisa e hoje detém tecnologias avançadas. A gente perdeu o bonde da história. Temos que recuperar o tempo perdido, com patentes nacionais, alertou. Hoje, 76% da energia brasileira é hidráulica. O País ainda tem energia vinda de fontes como a nuclear (3%), gás natural (4%), carvão (2%), petróleo (2%), biomassa (4%). Nove por cento da energia nacional ainda é importada. (Folha de Londrina)