ENDIVIDAMENTO: Ministro Stephanes garante que dívidas de investimento serão prorrogadas
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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, confirmou ontem (19/12), durante reunião com a Comissão da Agricultura da Câmara dos Deputados, que o prazo de pagamento das parcelas de investimento que venceram na última segunda-feira (17/12) serão prorrogadas. O novo prazo é 15 fevereiro. "As parcelas são referentes a investimentos feitos com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Até o prazo de pagamento, as dívidas serão consideradas em condições de adimplência e preservados os bônus", explica o superintendente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, que participou da reunião como representante das cooperativas do Paraná.
Suspensão de cobranças - Durante a reunião, o ministro também garantiu que serão suspensas, até o dia 31 de março de 2008, as cobranças de débitos de crédito rural que vencem entre janeiro e março de 2008. O ministro e o presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, deputado Marcos Montes (DEM/MG), lembraram que a suspensão do pagamento das parcelas que vencem entre janeiro e março não significa que elas não serão pagas. O pagamento está suspenso durante a negociação, mas terá que ser feito.
Confirmação acontece hoje - As duas propostas - de prorrogação de dívidas e suspensão de créditos - serão levadas para aprovação do Conselho Monetário Nacional, que se reunir na tarde de hoje (20/12), em Brasília.
Novo prazo - Sobre as medidas de apoio para dívidas rurais de médio e longo prazo, tratadas entre os ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Fazenda, junto com representantes das comissões de Agricultura da Câmara e do Senado e lideranças do setor produtivo, o ministro Stephanes se comprometeu em concluir as negociações até 31 de março do próximo ano.
Problemas - Em entrevista coletiva à imprensa realizada na tarde de quinta (19/12), o ministro Stephanes confirmou as medidas tratadas na reunião com a Comissão da Agricultura. Na ocasião, Stephanes também ressaltou o fato de os agricultores estarem sujeitos a quebras de safras, o que prejudica o pagamento das dívidas feitas para a compra de maquinário, agrotóxicos e outros insumos agrícolas. "Nós estamos falando de uma dívida que começou em 1990, que inclui resquícios de planos econômicos, que inclui frustrações de safras, dentro delas tem secas consecutivas. E aí qual é o problema? A falta de um seguro que venha a cobrir isso faz com que se transforme isso em dívida do agricultor", afirmou.
Valor - De acordo com o ministro, a dívida agrícola total chega aos R$ 120 bilhões. O montante que está em discussão para ser renegociado é de R$ 40 bilhões e as dívidas que venceriam este mês somam R$ 6 bilhões. "Que já não são mais seis porque grande parte já está pago", disse Stephanes.