ENCONTRO DE NÚCLEOS: Frimesa recebe 95 lideranças cooperativistas da região Oeste

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O quarto Encontro de Núcleo Cooperativo, promovido pelo Sistema Ocepar neste mês, aconteceu nesta terça-feira (29/05) na sede da Frimesa, em Medianeira, e contou com a presença de 95 lideranças cooperativistas da região Oeste do Estado. O evento foi aberto às 9 horas pelo presidente da Frimesa, Valter Vanzella, que é o coordenador do Núcleo Oeste; pelo presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski; pelo diretor da Ocepar e presidente da C.Vale, Alfredo Lang e pelo deputado federal e coordenador da bancada paranaense no Congresso Nacional, Osmar Serraglio. Participam da reunião representantes de 21 cooperativas de cinco ramos (saúde, agropecuário, crédito, transporte,consumo e trabalho). 

 

Encontros - Na semana passada, foram realizados eventos semelhantes nas cidades de Ponta Grossa, Núcleo Centro-Sul, com 70 participações, Coronel Vivida, Núcleo Sudoeste, com 85 pessoas e Campo Mourão com 104 presenças. Somados aos participantes em Medianeira (95), os quatro eventos reuniram, neste primeiro semestre do ano, 354 lideranças cooperativistas de todo o Estado.

 

Frimesa – A Frimesa é uma central que reúne as singulares Copacol, Lar, Coopagrícola, C.Vale e Primato. Em sua apresentação no Encontro, Vanzella disse que o faturamento alcançado em 2011, de R$ 1.047.665, credenciou a central a entrar no grupo das 11 cooperativas que ultrapassaram R$ 1 bilhão no Paraná. Já o crescimento de 20,7% nas vendas, contou com uma forte atuação mercadológica responsável por distribuir 236.141 toneladas de alimentos em todo o varejo brasileiro, num mix de mais de 370 produtos diferentes. Já o resultado operacional registrou uma sobra de R$ 20.245.000, 46% a mais que no ano anterior.

 

Indústria - Em relação aos volumes de produção das indústrias da cooperativa, houve um acréscimo de 10%, totalizando um abate de 1.112.180 cabeças de suínos e uma recepção média 469.560 litros de leite ao dia. “Junto a esses números, existem muitos outros ganhos”, disse o presidente Valter Vanzella, em referência ao crescimento consistente da Frimesa, pautado em investimentos industriais para agregar valor à produção dos 4.021 produtores integrados às cooperativas filiadas que entregaram sua produção à central no ano de 2011.

 

Avaliação – Ao fazer uma avaliação sobre o evento, o deputado Osmar Serraglio considerou que o Encontro propicia a discussão de temas relevantes ligados ao setor. “Eu vejo essa iniciativa com muita alegria pois mostra que o cooperativismo, no ano que se comemora o Ano Internacional das Cooperativas, está cada vez mais impregnado dessa ideia de fazer com que seja aceito esse sistema, que é a alavanca do nosso progresso, na medida em que organiza aqueles que estão atuando isoladamente e os congrega no cooperativismo para que se fortaleçam”, disse. “Aqui no Paraná, nós temos um orgulho enorme de ver que estamos muito avançados nisso e quero aproveitar para cumprimentar o presidente João Paulo Koslovski pela coordenação desse evento e, acima de tudo, pela reflexão provocada hoje com as cabeças inteligentes que conduzem esse segmento do agronegócio”, acrescentou o parlamentar. Nucleo Oeste_Medianeira1

 

Frencoop e Código Florestal – Como integrante da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), Serraglio afirmou ainda que o objetivo é chegar a uma definição sobre projetos prioritários que tramitam no Congresso Nacional e que fazem parte da Agenda Legislativa do Cooperativismo, como a lei cooperativista, a do ato cooperativo e do ato médico, entre outras. “A nossa ideia é fazer com que, neste ano, nós tenhamos uma conclusão sobre isso”, ressaltou. Em relação à lei que trata do Código Florestal, sancionada essa semana pela presidente Dilma Rousseff, o deputado acredita que foi tomada a decisão correta. “Eu sou suspeito para falar, já que sou o vice-líder da presidente Dilma na Câmara dos Deputados. Só posso dizer que ela está para lá de certa. Administrou, na medida do possível, os pontos de embates existentes entre ambientalistas e ruralistas. Não significa que nós não podemos aprimorar a lei no Congresso Nacional e alguma coisa, com certeza, vai acontecer”, completou.

 

Benefícios – O presidente da Ocepar, João Paulo Koslvoski, também ressaltou os avanços conquistados com o novo Código Florestal Brasileiro. “A avaliação preliminar sobre a nova lei é positiva na medida em que traz benefícios para o pequeno agricultor, onde aqueles que possuem até quatro módulos tem uma limitação em relação ao comprometimento da sua área com Reserva Legal. Outro ponto importante é o cômputo da APP (Área de Preservação Permanente) na Reserva Legal. Já o fato de serem consideradas as áreas consolidadas com base em 22 de julho de 2008 vai possibilitar que os produtores possam manter suas atividades nessas áreas. Todas essas medidas vão ajudar a minimizar os efeitos dos pontos que estavam gerando muitas discussões devido a um grande radicalismo. Acho que houve um bom senso e nós vamos ter, a partir de agora, um marco legal para que os produtores tenham mais tranquilidade na implementação das suas atividades”, ressaltou. 

 

Diferencial – Koslovski avaliou positivamente os quatro Encontros de Núcleos realizados esse mês pela Ocepar. De acordo com ele, os eventos abrem um canal de comunicação importante com o público ligado ao sistema cooperativista, possibilitando ter acesso às demandas que, na sequência, resultam em ações concretas em benefício do setor. “A gente consegue dialogar com os dirigentes, líderes, jovens e mulheres que fazem parte do sistema sobre os interesses maiores em relação ao desenvolvimento do cooperativismo. Essa coleta de subsídios e de sugestões é o grande diferencial que temos. As reuniões de núcleo tem sido um instrumento importante para a implementação de programas de interesse do setor, não só em âmbito de Paraná, como também de Brasil”, disse. “O Prodecoop, ProcapAgro, ProcapCred e o Sescoop nasceram a partir das discussões ocorridas nas reuniões de núcleo e agora nós estamos apresentando ao governo uma nova proposta, que é o financiamento dos custos operacionais das cooperativas, por meio de uma linha específica para o setor. Houve uma aceitação muito boa do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, e nós queremos ver se, ainda nessa safra, referente ao plano de verão 2012/13, nós possamos ter algum mecanismo no sentido de amparar esse tipo de operação”, completou.

 

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