EMBARGO: Stephanes prevê superação de embargo em um ano

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O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, previu ontem que o imbróglio envolvendo a exportação da carne brasileira à União Européia (UE) será resolvido até o começo de 2009. O prazo é o mesmo para o Paraná comprovar que controlou a febre aftosa junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). "É possível que as duas coisas coincidam e o Paraná possa também se tornar um exportador para os europeus", disse. O primeiro passo para solucionar o problema com a UE foi dado anteontem, quando o bloco econômico liberou 106 fazendas para exportar carne "in natura" e quebrou o embargo que durava um mês.

Confiança e auditoria - "Estamos entrando em um processo de confiança, agora é trabalhar corretamente." A crise começou quando o governo tentou liberar uma lista com 2.681 propriedades aptas para exportação, enquanto os europeus estimavam apenas 300. Governo brasileiro e União Européia entram em "processo de confiança", diz Stephanes.  Stephanes explicou que a UE terminará a auditoria de outras 180 fazendas até 15 de março, o que marca uma segunda etapa nas negociações. Essa quantidade precisa crescer, já que estudos apontam que o Brasil precisa de ao menos 5 mil propriedades aptas para tornar viável a cadeia de exportação. A partir dos próximos dias, o ministério atuará em duas linhas para garantir esse aumento - tentará cumprir as exigências dos europeus e, ao mesmo tempo, modificá-las.

Grupo de trabalho - Atualmente, o bloco pede o cumprimento de 25 itens - a maioria deles burocráticos - para comprovar a sanidade do gado nacional. "Muitos deles se repetem, são desnecessários", afirmou o ministro. O governo formará um grupo de trabalho composto por seis especialistas em rastreabilidade, que irá propor uma simplificação dessas regras. "A idéia é manter todas as exigências de sanidade, mas adequá-las às necessidades do nosso produtor". A equipe contará com pelo menos um estrangeiro. Entre os demais, estará o ex-secretário de Agricultura do Paraná, Antonio Poloni.

Aftosa - Quanto à aftosa, Stephanes afirmou que o governo reinicia a partir da semana que vem a negociação com a OIE para receber a certificação de controle da doença. Sem isso, o Paraná não pode exportar aos europeus. O assunto está sendo tratado no comitê científico da entidade. "É uma discussão que não é linear, mas que avança e deve ser resolvida até dezembro". (Gazeta do Povo)

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