ECONOMIA BRASILEIRA: Impostos e cargos públicos em excesso
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Sob o título "Um problema real? Como a economia brasileira corre o risco de se tornar vítima do seu próprio sucesso", o jornalista Jonathan Wheatley, do Financial Times faz uma longa análise do comportamento da economia brasileira, com destaque o aumento da receita, a elevada carga tributária e o excesso de cargos públicos. "O pagamento de impostos, por exemplo, é complicado e caro. O fardo tributário, em cerca de 35% do PIB, é muito maior do que o de outros mercados emergentes e desproporcional à baixa qualidade dos serviços oferecidos. Um motivo é que o governo colocou sua casa fiscal em ordem aumentando impostos em vez de reduzindo gastos".
Gastos do governo - O jornalista chama a atenção para o aumento dos gastos do governo que "oferece generosos aumentos salariais aos funcionários públicos e contrata, em vez de demitir, trabalhadores. O número de pessoas que se candidatam a empregos vitalícios no setor público nunca foi tão grande. Enquanto isso, as leis trabalhistas do Brasil permanecem altamente restritivas; para o empregadores do setor privado, o pagamento da previdência social e outras contribuições custa de 60% a 100% do valor da folha de pagamento".
Deficiente infra-estrutura - Enquanto isso, segundo o jornalista, os empresários queixam-se da baixa qualidade e alto custo da infra-estrutura do país e do fracasso do governo em fornecer regras claras para investimentos privados no setor de infra-estrutura. "Mostre-me algo em que eu possa investir", disse Marcelo Mosci, chefe das operações latino-americanas da General Electric, em São Paulo. "O governo precisa regulamentar. Se não o fizer, nós veremos o colapso da competitividade". Ainda na visão de Jonathan Wheatley, "o governo anunciou planos ambiciosos de gastos em infra-estrutura e diz defender uma reforma tributária - apesar da reforma trabalhista parecer não estar em sua agenda. Mas à medida que se aproxima o final do primeiro ano de seu segundo mandato de quatro anos, pouco progresso foi feito". O mau estado da infra-estrutura de transporte gera custos mais altos, o que tira as empresas da competitividade externa. (Fonte: UOL Economia).