DESTAQUE NA IMPRENSA: Evolução do cooperativismo de crédito é tema de reportagem no Valor Econômico
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O caderno de Finanças do jornal Valor Econômico traz como matéria de capa, na edição desta quarta-feira (08/05), a evolução das cooperativas de crédito em todo o Brasil. A reportagem afirma que “na contramão dos bancos, o sistema [cooperativismo de crédito] avança do interior para grandes centros e valoriza pontos de relacionamento com o associado”.
Rede física - A matéria traz números do Banco Central (BC) referentes à expansão da rede física. “As cooperativas de crédito ampliaram sua presença física em 47% nos últimos cinco anos e seguem investindo na proximidade com os clientes para crescer no mercado brasileiro”, relata a reportagem, que acrescenta “no mesmo período, os cinco maiores bancos comerciais reduziram em 13,9% seus pontos físicos de atendimento”.
Resultado - De 2019 a 2023, as cooperativas registraram um aumento de 163% na carteira de crédito, chegando a R$ 392 bilhões pelos dados do BC. Já nos bancos comerciais, a expansão da carteira de crédito no período foi de 60%, chegando a R$ 3,2 trilhões. A carteira de crédito do cooperativismo chegou ao final de 2023 com uma participação de 6,9% de todo o Sistema Financeiro Nacional (SFN). Em 2019, essa participação era de 4,4%. Já a presença da carteira de crédito bancária [dos bancos comerciais] que detinha 94% do SFN em 2019, caiu para 90% em 2023.
Estratégia - Entrevistado pelo Valor Econômico, o presidente do Sicredi, César Bochi, afirma que apesar de parecer contraintuitivo abrir novos postos de atendimento quando as transações digitais são quase 80% do total, pelos dados da Federação Brasileira da Bancos (Febraban), a estratégia tem se mostrado acertada. “O foco é ter um local de relacionamento, suporte e apoio financeiro”, diz Bochi. A reportagem relata que as instalações [postos de atendimento] são mais simples se comparadas às agências bancárias tradicionais, já que não armazenam alto volume monetário. Pesquisas da cooperativa mostram que o acesso à agência física impulsiona o uso de produtos e serviços, em média, em 25%, conforme informa Bochi.
Custo modesto - A reportagem ouviu também o diretor-executivo de relações institucionais do Sicoob, Ênio Meinen. Segundo ele, “os bancos se limitam a fazer relacionamento digital e muitos deles estão fechando dependências físicas porque é mais barato. As cooperativas vão lá e abrem porque o custo de estrutura é mais modesto. Elas não buscam resultado contábil expressivo, só precisam de uma margem positiva para opera ali”.
Novas regras - A matéria trata também das novas regras anunciadas em abril pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para manter o plano do BC de aumentar a participação das cooperativas de crédito no total do Sistema Financeiro Nacional. Outro ponto abordado é a inadimplência que, assim como nos bancos comerciais, é um desafio também para as cooperativas de crédito.
Publicação - Confira a publicação aqui