CÚPULA II: Alta de alimentos será ponto-chave da agenda
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A Organização Mundial do Comércio entrou na polêmica sobre alta de preços dos alimentos, que estará no centro da agenda do G-20 que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciará nesta segunda-feira (24/01). Ministros de Agricultura de França, Alemanha, Canadá, Polônia, Ucrânia e Marrocos alertaram no sábado, em Berlim, para duras consequências, incluindo revolta social, a menos que sejam tomadas ações para enfrentar a alta de preços dos alimentos. Também presente em Berlim, o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, observou que a elevação dos preços está impulsionando a inflação global, "para não mencionar revoltas políticas de proporção que dificilmente podemos imaginar".
Barreiras - Mas Lamy atribuiu uma boa parte da crise atual a barreiras no comércio de produtos agrícolas, como restrição a exportação. Outro aspecto, ao seu ver, é que a produção de bicombustíveis traz outra dimensão ao consumo de alimentos. Citou a OCDE e a FAO, segundo as quais, na tendência atual, em 2019 cerca de 35% da produção de cana de açúcar, 13% de grãos e 16% de óleos vegetais vão servir para produzir etanol. O Brasil avisou que não aceita controle de preços de matérias-primas. Mas apoia planos de suprimento de países pobres. (Valor Econômico)