COOPERATIVISMO: Painel debate cultura coop como protetora da educação e do meio ambiente
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A cultura cooperativista como forma de proteger e promover a educação e o desenvolvimento sustentável foi tema abordado pela gerente geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, na segunda-feira (26/09). A dirigente participou de evento que antecipa a Conferência Mundial da Unesco sobre Políticas Culturais e Desenvolvimento Sustentável (Mondiacult-Side Event).
ONU - O evento, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), contou com a colaboração da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) para demonstrar como o cooperativismo, patrimônio cultural da humanidade, vem atuando pelo desenvolvimento sustentável e pela educação, além dos outros Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Ações - A gerente fez um apanhado das ações do Sistema OCB junto aos seus 18,8 milhões de cooperados e 4.880 cooperativas para promover o bem ao país. Ela explicou sobre a representação política e institucional da OCB; da representação sindical, da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop); e da promoção da educação, formação e informação, como consta no 5º princípio do cooperativismo, por meio do Serviço de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop).
Filosofia de vida - “Mais que um modelo de negócio, o cooperativismo é uma filosofia de vida que busca transformar o mundo em um lugar mais justo, mais feliz, mais equilibrado e com melhores oportunidades para todos”, iniciou Fabíola.
Educação - Fabíola frisou as iniciativas do Sistema que fortalecem a promoção da educação e difusão da cultura cooperativista. Ela ressaltou que ‘Inovação’ tem sido uma das palavras-chave da entidade ao repassar conhecimentos via cursos, metodologias ou estudos. Evidenciou ainda, como a plataforma de ensino à distância CapacitaCoop, que pode ser acessada pelos cooperados ou não, vem promovendo por meio de seus cursos, verdadeiras mudanças sociais.
Diferença - “Os cursos online vêm fazendo verdadeira diferença para nossas cooperativas no quesito gestão, governança, contabilidade, inovação, tributação e noções básicas do cooperativismo. Além de ensinar, também aprendemos, pois junto com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), promovemos a única chamada pública para fomentar pesquisas sobre cooperativas brasileiras. Incentivamos projetos de pesquisadores de universidades e de institutos sobre o movimento no Brasil”, destacou.
Cuidado social - A gerente geral explicitou também as ações do Dia de Cooperar, mais conhecido como Dia C. Comemorado no primeiro domingo de julho de cada ano, o Dia C promove iniciativas que materializam os valores e princípios cooperativistas, especialmente o “interesse pela comunidade”, e está conectado aos ODS da ONU, que versam sobre projetos contínuos de transformação e desenvolvimento sustentável; e visibilidade junto à sociedade do impacto social gerado pelas cooperativas.
Voluntariado - “É o nosso Programa de Responsabilidade Socioambiental que incentiva as cooperativas a promoverem projetos estruturados e ações voluntárias em benefício das comunidades. As ações podem envolver projetos educacionais, arrecadação de doações, recuperação de espaços públicos, colaboração com escolas, asilos, hospitais, e tantos outros”, detalhou Fabíola.
Intercooperação - Para ampliar as possibilidades de compra e venda entre cooperativas, em atos de intercooperação, Fabíola destacou a plataforma de comércio eletrônico NegóciosCoop, também criada pelo Sistema OCB. “A NegóciosCoop nasceu durante a pandemia, momento desafiador, para atender as demandas das cooperativas. Hoje, dois anos depois, a plataforma caminha para se consolidar como um grande e-commerce cooperativo”, avaliou a gerente.
O painel - Dividiram o painel com a gerente, o presidente da ACI, Ariel Guarco, e a presidente da ACI-Américas, Graciela Fernández Quintas. Guarco agradeceu a oportunidade de ressaltar a cultura cooperativista de cada nação em um evento desta magnitude. Participaram ainda outros representantes do cooperativismo mundial e de governos, além de delegados vinculados à ONU.
MondiaCult - Em 2016, a Unesco reconheceu o cooperativismo como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. A Mondiacult volta depois de 25 anos sem ser realizada e, nesta edição, criou o Side Event: Cooperatives are Key Stakeholders in advancing SDGs through Culture and Creative Sectors [Evento-paralelo: As cooperativas são as principais interessadas no avanço dos ODS por meio dos setores culturais e criativos, em livre tradução] para reconhecer a doutrina e prática cooperativista em todo o mundo.
Outras temáticas - Há outras temáticas em eventos paralelos. Este foi organizado pela ACI com o objetivo de reunir as iniciativas de sucesso do cooperativismo pelo mundo e que contribuem para os títulos de patrimônios culturais imateriais. (Sistema OCB)