COOPERATIVISMO III: Comercialização e logística facilitadas

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O produtor Maurício Okimura, da região de Paiquerê, afirma que quando o mercado ''não está para peixe'', a cooperativa é a sua principal salvação. Por meio de créditos a juros mais facilitados, ele consegue se manter na atividade. ''Isso viabiliza os investimentos e a manutenção do sistema'', sublinha. Na entrega da safra, Okimura lembra que os preços pagos e a classificação dos grãos são sempre justos. ''Fico tranquilo quando envio a minha produção para a Integrada'', destaca. O agricultor acrescenta que quando os preços das commodities estão bons, a cooperativa entra em contato para informá-lo se quer ou não comercializar a safra. ''Sou um produtor que cresceu junto com a cooperativa'', completa.

Comercialização - João Francisco, produtor da região de Londrina, destaca que nunca teve problemas em termos de comercialização depois que aderiu a uma cooperativa. ''Em 312 hectares em que planto soja e milho, sempre tive sementes disponíveis e todo o suporte para escoar a minha produção'', elucida. O agricultor completa que o fomento dado pelas cooperativas dá confiança ao produtor de investir ainda mais em sua lavoura. ''Quando falta insumos, por exemplo, a nossa instituição fornece os produtos a um valor justo'', reforça.

Logística - A logística sempre foi o ''calcanhar de Aquiles'' do atual cooperado da Coamo Wilson Menin. Antes da instalação da cooperativa, o produtor pagava caro para escoar sua produção. Hoje, conta ele, toda a propriedade possui planejamento de plantio e escoamento de safra. O acompanhamento da cooperativa em sua propriedade é constante. Os trabalhos englobam a época certa de plantio, quantidade de sementes a serem utilizadas, ''tudo para programar a safra.''

Insumos - A falta de uma cooperativa em uma região que possui pequenos e médios produtores, além de dificultar o escoamento, prejudica a compra de insumos. Olga Agulhon de Maringá afirma que onde não há cooperativas, os preços dos insumos são bem mais elevados. ''As instituições balizam preços do mercado local, sendo sempre mais acessíveis'', exalta. Olga acrescenta que as condições das negociações também são facilitadas, isso torna o mercado mais competitivo.

Redução de custos - Paulo César Dias, analista de mercado da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), destaca que o cooperativismo surgiu para formalizar uma estrutura organizada e procurar reduzir os custos do setor produtivo. ''Essas instituições agregam valor ao produto do cooperado que é revertido diretamente a ele'', destaca. (Folha Rural / Folha de Londrina)

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