COOPERATIVISMO I: Preocupações com crédito rural são tema de vídeo com ministra da Agricultura e presidente do BC
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O futuro do Sistema Nacional de Crédito Rural e, também, do Plano Safra 21/22 foram temas da reunião entre lideranças cooperativistas com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos. A reunião virtual ocorreu no fim da tarde desta quinta-feira (18/02).
Perenidade - De forma geral, a intenção foi alinhar a perenidade dos programas e das linhas de financiamento de crédito rural que beneficiam os empreendimentos cooperativos voltados ao custeio, giro, comercialização e investimento, conforme explicitado nos diferentes capítulos do Manual de Crédito Rural (MCR), mantendo a arquitetura e as bases para sua adequada aplicação.
Crédito rural - Para Márcio Freitas, líder cooperativista, o crédito rural é um dos principais fatores de produção e condicionantes do sucesso do agro brasileiro nas últimas décadas. “A produção agropecuária brasileira, pela qual as cooperativas respondem por cerca de 50%, se desenvolveu de tal forma que o país passou de importador de alimentos para um dos maiores produtores e exportadores mundiais. E isso se deve, em muito, a uma política agrícola consistente, que foi capaz de garantir um volume de recursos e taxas de juros compatíveis com o retorno das atividades no meio rural”.
Cooperativas - Por isso, na reunião desta quinta, os representantes do setor disseram que há grande expectativa para que o governo defenda a importância das cooperativas agropecuárias, para o maior protagonismo de pequenos e médios produtores, especialmente no que se refere à agricultura familiar. “As cooperativas permitem o ganho de escala ao produtor, diminuindo as distorções de mercado por grandes conglomerados econômicos e, ainda, transferindo tecnologia no campo”, destaca Márcio Freitas.
Políticas públicas - Além disso, os representantes também reafirmaram como fundamentais as políticas públicas que reforcem o papel das cooperativas de crédito na inclusão financeira e no desenvolvimento regional do país, de forma a capilarizar o acesso aos produtores, micro e pequenos negócios tanto no campo quanto na cidade, com taxas e juros menores e melhores condições para milhões de brasileiros. Também afirmaram a confiança na condução das políticas públicas pelo Ministério da Agricultura e Banco Central.
Modernização - Ao final da reunião, a ministra da Agricultura destacou a relevância do bom relacionamento com o setor produtivo para que o desenvolvimento aconteça sempre. “Estamos sempre abertos a melhorar, modernizar os processos. As cooperativas agropecuárias são importantíssimas e os números de vocês mostram isso. Nossa intenção é modernizar o crédito rural, trazendo menos burocracia e mais agilidade. Eu desconheço uma interatividade tão boa quanto a que temos com o Banco Central e o Ministério da Economia, por isso, vai dar tudo certo”, comentou.
Autonomia - Já o presidente do Banco Central, Roberto Campos, destacou a relevância da autonomia da instituição e que isso só fortalece as políticas públicas. “Modernizar é importante e é uma tendência, e por isso estamos buscando mecanismos que possam viabilizar mais recursos ao setor agropecuário, desburocratizando e dando mais autonomia ao mercado”, concluiu.
Participação - Lideranças do cooperativismo paranaense participaram da reunião da OCB com o Mapa e o BC, entre as quais o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, e os diretores José Aroldo Gallassini, Luiz Roberto Baggio, Luiz Lourenço, Valter Pitol, Jorge Hashimoto e Valter Vanzella. (Com informações da OCB)