COOPERATIVAS DO PR I: Preservar para prosperar

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Aplicar capital no meio ambiente se tornou peça chave para o sistema cooperativista. Tais ações são fundamentais para melhorar as condições de sustentabilidade em todas as suas áreas de atuação. De acordo com  levantamento realizado pela Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), em 2010, as 236 cooperativas registradas na época no Estado investiram R$ 24,3 milhões em ações voltadas para o meio ambiente. Em 2011 foram aplicados R$ 42 milhões.

 

Áreas - De todo o montante investido em 2010, 54,3% - em torno de R$ 13,2 milhões - foi aplicado em áreas de reflorestamento. Na sequência, com 16% (R$ 3,8 milhões), ficaram as ações de combate à poluição do ar, seguido de tratamento de efluentes (R$ 2,8 milhões), melhoria de qualidade da água (R$ 2,4 milhões) e projetos de geração de energia renovável (R$ 1 milhão). Para executar alguns desses projetos é necessário parcerias com a sociedade, órgãos governamentais, organizações não-governamentais, funcionários e cooperados.

 

Evolução - No que diz respeito às áreas reflorestadas, houve uma evolução no número de hectares entre 2009 e 2010, saltando de 2,1 milhões para 2,6 milhões de hectares, crescimento que gira em torno de 22%. Outros pontos importantes como o das cooperativas com áreas próprias de reflorestamento também evoluíram ao longo destes dois anos: um salto de 17% nas áreas de preservação.

 

Dobro - O superintendente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, relata que no ano passado o valor aplicado em ações ambientais atingiu R$ 42 milhões. Já o ativo florestal das cooperativas vale em torno de R$ 420 milhões atualmente. ''O investimento dobrou em menos de dois anos. Hoje investir em ações ambientais não é mais apenas pensamento, e sim uma necessidade. Quem não faz, não consegue as autorizações ambientais necessárias para movimentar seus projetos no campo'', salienta Ricken.

 

Regiões - Grande parte do capital é aplicado nas regiões onde estão alocadas as agroindústrias: Oeste, Noroeste e Centro-Sul do Estado. Estas cooperativas investem, normalmente, em projetos ligados ao tratamento de efluentes, poluição do ar (emissão de gases nocivos) e reflorestamento. ''São temas que as agroindústrias estão diretamente ligadas, pois envolve a produção. Enquanto mais se produz, mais se deve investir nestes pontos'', relata o representante da Ocepar.

 

Legislação - Na opinião de Ricken, a aprovação do Código Florestal deve fomentar ainda mais os trabalhos voltados ao meio ambiente para as cooperativas. Para ele, os produtores estão cientes de que a preservação é importante, mas é necessário que a legislação seja viável. ''O investimento é pesadíssimo e não há como escapar, porque é uma necessidade. Hoje temos uma legislação forte, que tem poder de inviabilizar ações das cooperativas que não estão cumprindo a lei nestes quesitos.'' (Folha de Londrina)

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