CONTABILIDADE: Convergência às normas internacionais é positiva para as cooperativas, diz instrutora
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“O processo de convergência às normas internacionais de contabilidade ocorre justamente porque o mundo se globalizou. Eu julgo bastante importante e positivo para as cooperativas, principalmente para aquelas que trabalham com um grande volume de importação e exportação porque assim elas têm como e mensurar o seu desempenho”, afirmou Ana Maria de Abreu, instrutora do Curso de IFRS - Normas Contábeis Internacionais, encerrado nesta quarta-feira (22/08), na sede do Sistema Ocepar. O treinamento, promovido pelo Sescoop/PR, teve duração de três dias e contou com a participação de 42 profissionais inscritos de 17 cooperativas dos ramos agropecuário, saúde, crédito e transporte.
Publicações - Ana Maria é bacharel em Ciências Contábeis pela Unib, pós-graduada em Direito Tributário pelo Ibet/USP e também em Finanças e Controladoria pela FGV. Ela possui ainda MBA em Gestão Tributária pelo INPG, é mestranda em Ciências Contábeis pela Fecap e atua há mais de 20 anos na área de controladoria, fiscal e planejamento tributário de grandes multinacionais. De acordo com Ana Maria, o curso foi desenvolvido especialmente para atender os profissionais que atuam nas cooperativas mas ela ressaltou que ainda faltam publicações que possam orientar como mais clareza como o cooperativismo deve se adaptar ao processo de convergência das regras nacionais de contabilidade aos normativos internacionais, desencadeado no País a partir da publicação da Lei nº 11.638/2007, que alterou a Lei nº 6.404/1976 e a estrutura das demonstrações contábeis.
Orientações - “Deveria haver um material um pouco mais detalhado que fornecesse orientações mais focadas para as atividades desenvolvidas nas cooperativas. Além delas terem que se adequar às novas normas, há toda uma questão tributária que também deve ser levada em conta. É necessário considerar o que é ato cooperativo ou não. Essa separação é extremamente difícil e exige critérios de rateio complexos. Assim, acredito que até mesmo a legislação tributária precisa criar caminhos mais fáceis para que as cooperativas pudessem desenvolver suas atividades de uma forma até mais segura para não incorrer em erro ou qualquer risco fiscal”, opinou.
Expectativa - O contador da Cooperativa Batavo, Sandro de Brito, avaliou positivamente o curso e espera exercitar os conhecimentos no próximo módulo. “Esse primeiro módulo forneceu um importante embasamento teórico. A expectativa é que no próximo possamos aplicar todas essas informações detalhadamente na prática. A partir daí, teremos condições de trocar experiências em relação a como cada cooperativa pode resolver os seus problemas em função da aplicabilidade das normas”, afirmou.