CONSELHEIROS FISCAIS: Treinamento para a ação pró-ativa
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Cerca de 300 conselheiros fiscais das cooperativas paranaenses eleitos neste ano iniciaram, nesta semana, um treinamento que tem por objetivo prepará-los para atuarem adequadamente junto às suas organizações. Para facilitar a participação dos conselheiros evitando que tivessem que fazer longos deslocamentos, o Sescoop Paraná programou a realização de um total de dez cursos nas diversas regiões do Estado. Iniciados na terça-feira (15/04), os cursos serão encerrados nesta sexta-feira (18/05).Enquanto a maioria dos conselheiros realiza os curso de dia, os conselheiros fiscais das cooperativas do ramo Saúde são realizados à noite em função dos compromissos de seus profissionais com hospitais e consultórios. Os instrutores são os profissionais do Sistema Ocepar Leonardo Boesche, Gerson Laueramnn e Devair Antonio Mem.
Cooperativismo e autogestão – Nesta quinta-feira (17/05), em Curitiba, foi iniciado o curso aos integrantes das cooperativas do Centro Sul, com a participação de 33 conselheiros fiscais. O gerente de Desenvolvimento Humano do Sescoop, Leonardo Boesche, que fez a abertura, foi o instrutor da primeira parte do curso, falando sobre conceitos, princípios e aspectos legais do cooperativismo. Lembrou que os conselheiros fiscais exercem uma função importantíssima nas cooperativas e que seu treinamento é uma obrigatoriedade prevista no Programa de Autogestão. Deixou claro que o objetivo da atuação dos conselho fiscal é assegurar a transparência da cooperativa, analisar e detectar as necessidades e melhorias da cooperativa e cooperados e contribuir para o fortalecimento do empreendimento.
Conhecer para atuar melhor – Conhecer a doutrina cooperativista, o estatuto da cooperativa e ter noções de contabilidade são alguns dos requisitos para um associado se tornar um bom conselheiro fiscal. Na sua atuação, deve solicitar o apoio – e esclarecimento se for o caso - dos diversos departamentos da cooperativa. O conselheiro fiscal Luiz Roberto Scomação, da Cooperativa de Transporte de Cargas e Anexos, de Paranaguá, afirma que o treinamento promovido pelo Sistema Ocepar é imprescindível, pois “sem experiência, não saberia como agir na cooperativa. Agora podemos tomar as providências para o melhorias em benefício da administração e dos cooperados”, afirma. Conselheiro fiscal pela segunda vez, agora se sente melhor preparado para “conduzir a cooperativa”.
Ação independente e pró-ativa - Para o conselheiro Hermanus Gerrit Morsink, da cooperativa de eletrificação Eletrorural, de Castrolanda, “a reciclagem é de suma importância para poder representar o associado na condução da administração da cooperativa”. No seu funcionamento, o conselho fiscal deve atuar com independência, “mas sempre andando junto com o conselho de administração para poder cumprir as metas e auxiliar a administração a cumprir as metas. A ação tem que ser próxima e pró-ativa!, frisa.
Reunião semanal – O conselho fiscal da Cooperativa Agrária, de Entre Rios (Guarapuava), faz reunião semanal para poder se inteirar de todas as ações da cooperativa. A conselheira Pauline Kellerm que também participa do curso realizado em Curitiba, considera “fundamental ter o conhecimento teórico para poder estar influindo de uma maneira coerente, focada no negócio da cooperativa”. Também gostou do curso porque, além do conhecimento, propiciou “a interação entre as cooperativas, trocar idéia, evoluir no aprendizado, na troca de informações de mercado”. Defende um trabalho independente mas de cooperação com a administração, pois a diretoria sozinha acaba se distanciando muito do cooperado. “O conselho fiscal é uma ponte entre o cooperado e a diretoria. Tem que focar o crescimento da cooperativa para a satisfação do cooperado e seu crescimento, sem deixar a cooperativa à mercê”, conclui.