CONFEPAR: Integração viabiliza cooperativas de leite
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Indústria unificada - Com a integração, somente a indústria da Confepar continuou operando. As demais cooperativas desativaram seus parques industriais e passaram a entregar o leite para ser processado na Confepar. Colari e Central Norte fecharam suas fábricas de imediato. A Cativa continuou funcionando até maio de 2000, mas sob a administração da Confepar. "Com isso, conseguiu-se reduzir sensivelmente os custos, operacionais e de pessoal, possibilitando um novo impulso no processo de recuperação financeira", disse Renato Beleze, presidente da Confepar.
Disputa de mercado - Antes da união, as cooperativas que hoje são parcerias disputavam o mesmo mercado e, o que é pior, brigavam no campo pelo mesmo produtor. Nessa batalha, foi preciso reduzir a margem de lucro, permitindo o surgimento de laticínios particulares, que vinham crescendo mais do que as cooperativas. Com a integração, pelo menos entre as cooperativas acabou a disputa por mercado e também pelo espaço no campo. Colari, Cativa e Central Norte ficaram responsáveis pela recepção do leite, enquanto a Confepar passou a preocupar-se com a industrialização e o mercado.
Investimentos - Para garantir o processamento do leite de todas as cooperativas, foi necessário investir em tecnologia e qualificação do quadro pessoal. A busca de novos mercados exigiu equipamentos modernos e gestão cada vez mais ousada. Desde a integração os investimentos foram de aproximadamente R$ 14 milhões. Foram recursos aplicados basicamente no processo de produção. "Estamos aprimorando o sistema de qualidade e em busca de produtividade", disse Beleze.
Fortalecimento - Na opinião de Adir Salla, presidente da Cativa, uma das cooperativas que participa da integração, sem essas mudanças a atividade poderia ter sido inviabilizada. "A centralização do comercial e o enxugamento das cooperativas foi fundamental na relação custo-benefício", disse Salla. Ele entende que o setor está fortalecido, mas ainda tem muito a ser feito, principalmente em termos de exportação.
Ocepar - O projeto de integração foi desenvolvido pela Ocepar, em parceria com dirigentes e técnicos da Confepar e suas filiadas. O engenheiro agrônomo Nelson Costa, da área técnica da Ocepar, tem uma avaliação positiva do processo, comprovada através da evolução dos números pós-integração. "Além disso, o mais importante é que a união está conseguindo agregar valor à produção, garantindo maior remuneração ao produtor".
Números - Hoje fazem parte do sistema Confepar nove cooperativas, com uma produção média de 300 mil litros de leite/dia e um efetivo de 3.500 cooperados. Os produtos são comercializados com as marcas Cativa, Confepar e Polly. Além do leite longa vida e pasteurizado, também estão operando as linhas do leite em pó e de bebidas lácteas.
FATURAMENTO
1999 R$ 59 milhões 2000 R$ 67 milhões 2001 R$ 84 milhões 2002 R$ 119 milhões (*) |
PRODUÇÃO
LEITE EM PÓ
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