COMÉRCIO EXTERIOR: China se volta para a África
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A China vai voltar cada vez mais as atenções para a África na próxima década com o objetivo de assegurar a oferta de alimentos para sua população, a maior do mundo, diz estudo do Standard Bank. Nos últimos anos, o país se voltou para a África para assegurar fontes de energia e de matérias-primas a fim de sustentar seu crescimento. Logo, dizem os analistas do banco, Simon Freemantle e Jeremy Stevens, o foco serão as commodities agrícolas. "O imenso e inexplorado potencial agrícola da África Sub-saariana é cada vez mais visto pela China como uma peça em sua estratégia para garantir segurança alimentar", dizem.
Setor agrícola - Eles observam que o setor agrícola com baixa performance da África dá à China uma chance para melhorar as relações bilaterais com o fornecimento de assistência técnica. Está claro, afirmam, que Pequim busca construir relacionamentos mais profundos na agricultura com países ricos em terra e politicamente estáveis amigáveis à China, como Moçambique, onde o país tem feito investimentos na área agrícola.
Desenvolvimentista - "Por agora, a estratégia da China é evidentemente desenvolvimentista e, embora o mercantilismo inspire muitos dos projetos agrícolas cooperativos, os lucros ainda são gerados quase inteiramente em mercados locais e regionais", diz o relatório. Para os pesquisadores, a maioria dessas iniciativas ampliará os laços comerciais agrícolas entre China e África, embora em algumas, como têm ocorrido na América Latina, empresas chinesas terão o controle da fonte externa de produção.
Segurança alimentar - Segundo o estudo, a China pode oferecer à África capital e know-how, mas será necessário assegurar que os investimentos sejam estruturados de forma a garantir que a segurança alimentar da África seja protegida. (Dow Jones Newswires / Valor Econômico)