CÓDIGO FLORESTAL: Maia defende votação de texto da MP já aprovado em comissão

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codigo florestal12 09 2012 LargeO presidente da Câmara, Marco Maia, defendeu nesta terça-feira (11/09) a votação da medida provisória do Código Florestal (MP 571/12) na versão já aprovada em comissão mista, ainda que alguns itens possam ser, mais tarde, vetados pela presidente Dilma Rousseff. Na comissão, os parlamentares reduziram a extensão das faixas de mata ciliar a serem reconstituídas. “A perda de validade é prejudicial a todos”, disse Marco Maia. “ Nós precisamos votar e aguardar a análise da presidente Dilma, que pode vetar parte do texto e encaminhar uma nova proposta para o Congresso", acrescentou.

Posição do governo - O presidente da Câmara ressaltou que não cabe apenas ao Congresso buscar um acordo para permitir a votação da MP, marcada para o próximo dia 18. “Não somos nós que vamos promover um entendimento sem que haja uma proposta do governo”, declarou.

Pauta - De acordo com Maia, a ideia é colocar a MP na pauta de votações nos dias 18 e 19 deste mês, mesmo sem acordo. “Se haverá acordo, se haverá negociação, isso quem deverá responder é o governo”, completou Maia. Na opinião do presidente, a não votação da medida provisória traz mais prejuízos à agricultura do Brasil do que dividendos: "Não há lucro nem para o governo, nem para os setores que inviabilizaram a votação da MP. A tendência é que haja equilíbrio na próxima semana para votar a medida provisória e, depois, estabelecer as negociações necessárias a serem realizadas pelo governo para que não haja vetos. Agora, não votar seria dar um tiro no pé dos próprios agricultores e criar uma situação que não é desejada por ninguém."

Negociações com o Senado - Marco Maia conversou, nesta terça-feira, com o presidente do Senado, José Sarney, sobre a possibilidade de a MP também ser incluída na pauta do Senado logo depois de passar pela Câmara. De acordo com Maia, o senador disse que não haverá dificuldades para a convocação de um esforço concentrado extra no Senado para a análise da matéria. "O Senado deve votar nesta quarta as medidas provisórias que estão, neste momento, trancando a sua pauta  - o que possibilitaria, em um esforço concentrado, votar única e exclusivamente a MP 571. Mas nós não temos ainda a garantia de que ela será votada. Então, nós só vamos  tratar sobre esse assunto novamente depois que a MP for votada aqui na Câmara."

Validade - A MP 571/12 tranca a pauta da Câmara e perderá a validade no dia 8 de outubro se até lá não tiver sido votada pela Câmara e pelo Senado. Se a Câmara conseguir aprovar a MP, Maia irá conversar com o presidente do Senado, José Sarney, para discutir a possibilidade de colocá-la em pauta e votá-la antes que ela perca a eficácia. (Agência Câmara)

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