COCEAL: Cooperativa realiza 1ª Cotton Tour

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Os resultados de campo de três safras apontam que o Projeto Parceria da Cooperativa Central de Algodão (Coceal), está se firmando como um modelo potencial para dar uma nova fisionomia à tradicional cadeia produtiva da cotonicultura paranaense. A comprovação da proposta de uma cotonicultura integrada, aconteceu na tarde de 28 de fevereiro, através da 1ª  Cotton Tour Coceal,  que levou 35 convidados, dentre autoridades, lideranças e imprensa, em três propriedades rurais da região Norte. Segundo seu presidente Almir Montecelli, dos 780 hectares cultivados na safra 05/06, a safra atual chega a 3,9 mil hectares e daqui a dois anos a meta é chegar no cultivo de 6 mil hectares, que é a área de capacidade industrial instalada da Coceal.

Consolidação - "Queremos consolidar o processo de integração, onde mediante contrato, toda a produção é da Coceal responsável em operar até o final", assegura Montecelli. Ao produtor rural cabe a realização de todas as operações necessárias e a absorção dos respectivos custos, além de atender, de forma irrestrita, as determinações tecnológicas do departamento técnico da cooperativa. A cooperativa, por sua vez, é responsável pela assistência técnica, fornece insumos da dessecação até a cultura pronta para colheita, colhe e faz o transporte para usina, com o diesel da colheita por conta do produtor.  A remuneração do produtor rural é resultado da produtividade da sua área, com valor fixo de R$ 950,00 até 300 arrobas por alqueire, elevando para 25% da produção atingida se chegar de 301 até 450 arrobas por alqueire. Sobe para 30% se obtiver de 451 até 550 arrobas e acima de 551 arrobas são 35% da produção atingida. O preço mínimo é fixado em R$ 14,00 a arroba do algodão em caroço, base 6 e o pagamento realizado em uma única data, 30 de junho. E pela projeção do departamento técnico, o custo previsto por alqueire desde a dessecação até a entrada do produto no pátio da usina é de R$ 5.544,70.

Agricultura familiar - Dentre as inovações propostas pela produção integrada de algodão nas áreas de atuação das cooperativas afiliadas (Corol, Integrada e Cofercatu), a Coceal também contemplou um segmento do projeto voltado aos agricultores familiares, com tradição na atividade: o algodão adensado e super adensado, plantado e colhido mecanicamente. O engenheiro agrônomo Ildefonso José Haas, gerente regional do Emater de Londrina, instituto estadual vinculado à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, é enfático em destacar como importante a proposta da Coceal de atender também as pequenas propriedades rurais que podem produzir algodão de forma grupal ou coletiva. "Temos políticas públicas estaduais e federais que combinadas vão permitir viabilizar mais esta opção na diversificação agrícola e na rotação de cultura, desde a mecanização pelo Programa Trator Solidário até a proteção ambiental com o Manejo Integrado de Pragas", destaca Haas.

Roteiro - A 1ª Cotton Tour Coceal passou pelo Sítio São Pedro, de Waldir Ishioka, na Água dos Bandeirantes, município de Astorga, que está na segunda safra, repetindo a área de 40 alqueires, onde na safra passada foram colhidas 570 arrobas por alqueire. Na seqüência do roteiro, passagem pela Fazenda Guatambu, Água do Guatambu, de 60 alqueires, com 30 ocupados pela primeira vez por algodão, em sistema de irrigação de pivô central, da cultivar IPR 140. Seu proprietário Mário Martis Reis projeta a produtividade do alqueire em 700 arrobas e considera a iniciativa da Coseal "um projeto muito bem elaborado, com a gente se preparando e fazendo como manda a tecnologia, para não atrasar ou complicar a lavoura".

Diversificação - A última lavoura visitada foi a da Fazenda São Nicolau, de José Maurício Moreschi, com 60 alqueires, sendo 15 de algodão. Sem ter experiências anteriores na cultura e repetir a safra como rotação de cultivo, o proprietário confirma a opção "porque é uma boa cultura na diversificação e deixa um resíduo muito bom para a entrada do trigo". Participaram da 1ª Cotton Tour Coceal dirigentes da Corol, Cofercatu, Integrada, Coceal, Associação Brasileira de Produtores de Algodão e da Associação dos Produtores de Algodão de São Paulo, gerentes do Banco do Brasil e da Unicred, pesquisadores do Iapar, extensionistas do Emater, revendedores de insumos, imprensa e produtores que já estão integrados ao Projeto Parceria.

Parceria - Para difusão do seu projeto aos produtores rurais a Coceal estará realizando em conjunto com o Iapar, Emater e demais parceiros oficiais e privados dias de campo durante as colheitas mecanizadas nas unidades cultivadas em sistema adensado de algodão em Palotina e Goioerê no mês de março e em Assai, Umuarama e Santa Inês, durante abril. (Com informações da Coceal)

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