COCAMAR II: Produtores investem em irrigação para ter ‘chuva’ e produtividade

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Para não ficarem mais na dependência de São Pedro, produtores da região noroeste do Paraná estão investindo em estruturas de irrigação. Em Ivaté, município próximo a Umuarama, a Fazenda Três Irmãos, de 272 alqueires, está sendo equipada com pivô central e o proprietário Arcino de Oliveira Lavagnoli quer fazer dela um modelo na região. O pivô central vai cobrir 40,5 alqueires já nesta safra de verão 2012/13. Pela primeira vez, será cultivada soja para dar início a um programa de integração lavoura e pecuária que vai se estender inicialmente por 55 alqueires.

Mais negócio - Arcino diz, em tom de brincadeira, que a ideia é “aposentar São Pedro”. Depois de estudar bem o assunto, a família concluiu que em vez de contrair financiamento para construir barracões de frango, como planejava, seria mais negócio neste momento estruturar a propriedade para garantir que as variações do clima não sejam uma dificuldade à integração. “Um aviário custaria R$ 300 mil e o pivô central, R$ 540 mil. Decidimos pelo pivô que, se tudo der certo, deve ser pago em apenas três anos”, comenta Arcino.

Retorno - Com a ajuda da Cocamar, o produtor espera conseguir uma boa média de produtividade. Após a colheita da soja, os 40,5 alqueires vão ser cobertos com o consórcio milho e braquiária. “Com a garantia de água, em três anos a gente espera já ter retorno do investimento”, afirma. Quanto a pecuária, atualmente 850 cabeças de rebanho bovino são acomodadas em 220 alqueires. Com a irrigação, a família calcula que vai conseguir aumentar a capacidade de suporte dos pastos em pelo menos 20%, podendo abrigar mais 170 cabeças.

Incentivo - A irrigação é incentivada pelo governo do Estado, que concede desconto especial de 70% da tarifa quando a operação ocorre no período noturno. De acordo com o produtor, o sistema - cujo funcionamento é inteiramente automático -, vai consumir 148 kW/h e custar R$ 211 por aplicação (já com desconto), fazendo um giro de 360º das 9 da noite às 6 horas da manhã seguinte. Isto equivale a uma chuva de 7,5 mm. A previsão é que, dependendo do clima, o equipamento não seja usado mais do que dez noites durante uma safra. Para quem acha caro o custo de R$ 211 por aplicação, Marcelo lembra que isto equivale, hoje, a apenas 3 sacas de soja. “É um custo pequeno diante do aumento da produtividade que a irrigação pode trazer”, justifica, lembrando que a lavoura ficará protegida em caso de uma estiagem mais severa, sem o risco de sofrer um forte quebra de produção. (Imprensa Cocamar)

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