COCAMAR I: Cooperativa incentiva consórcio de milho com braquiária
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Em alguns municípios da área de atuação da Cocamar, como o município de Floresta, o milho de inverno está nascendo ao lado de uma fileira de capim braquiária. A cena ainda pode intrigar produtores menos informados: ocorre que a cooperativa está divulgando, desde o final de 2006, uma técnica nova de proteção do solo com resultado surpreendente. O consórcio entre essas duas plantas é apontado como solução para um problema comum na agricultura regional: a falta de proteção do solo contra os raios solares, o que afeta o desenvolvimento das lavouras e potencializa o efeito de estiagens. O capim braquiária é semeado ao mesmo tempo ou poucos dias após a semeadura do milho e não atrapalha essa cultura. Depois que o milho é colhido o capim cresce e aparece, formando uma grande camada de massa verde, que pode servir de pasto para o gado. Depois, tudo é dessecado para o plantio da cultura de soja.
Proteção do solo - "É uma prática simples, mas que deixa o solo protegido", comentou o engenheiro agrônomo Aparecido Carlos Fadoni, gerente técnico da Cocamar. Com isso, além de preservar por mais tempo a umidade, o solo vai recompondo a vida microbiana. A expectativa de Fadoni é que entre 6 mil a 7 mil hectares de milho sejam cultivados com o consórcio em 2008. Produtores que já acreditaram nesse consórcio no inverno de 2007 têm o que mostrar. Juvenal Machado, dono de um sítio na comunidade Guerra, em Maringá, plantou sua soja no solo protegido pela palhada de braquiária e a lavoura apresentou desenvolvimento muito acima da que foi cultivada de maneira tradicional. "A diferença é de uns 30 centímetros", sorri Machado. Além disso, os pés ficaram bem mais carregados de vagens e a produtividade deve ser maior que o da outra lavoura. O consórcio é resultado de uma experimentação que vem sendo feita há anos pela Embrapa no Mato Grosso do Sul e só agora está chegando ao Paraná. "É algo simples e que resolve um problemão", acrescenta o gerente Fadoni. (Imprensa Cocamar)