COCAMAR: Aos 48 anos, cooperativa exibe números recordes

A Cocamar Cooperativa Agroindustrial, que completa 48 anos no domingo (27/03), está passando pelo melhor momento de sua história. Em 2010, alcançou um faturamento recorde de R$ 1,596 bilhão e projeta chegar a R$ 2 bilhões em 2011. A cooperativa atua nas regiões norte e noroeste do Paraná, com uma rede de 56 unidades operacionais. Dessas, 26 estão localizadas na região de Londrina. São cerca de 10 mil associados, a grande maioria produtores de soja, e 2 mil funcionários. O grande diferencial da Cocamar é o seu parque industrial, um dos mais diversificados do cooperativismo brasileiro. São 11 plantas industriais que respondem por mais de 70% do faturamento da cooperativa.

Óleo - O principal negócio é a soja, que entra em grãos e sai pronta para o consumo, diretamente para os supermercados. Só no ano passado foram processadas 872 mil toneladas dessa matéria-prima, o que resultou em 8,074 milhões de caixas de óleo - mais de 16 milhões de embalagens de 900 ml. É o quinto óleo mais vendido do Brasil. Os números não param de crescer: a previsão para 2011 é de esmagar 920 mil toneladas.

 

Recordes - Ao completar 48 anos, a Cocamar bate vários recordes. O recebimento de soja deve ficar acima de 1 milhão de toneladas na safra que está sendo finalizada, contra 903 mil do ano passado. Mas os volumes de milho, trigo, café e laranja, os demais produtos, também são significativos. O setor de varejo, com mais de 30 itens direcionados aos supermercados, responde por 30% do faturamento global. Além de óleos, a linha é completada com café torrado e moído, capuccinos, bebidas à base de soja, néctares de frutas, álcool doméstico nas formas gel e líquida, maioneses, mostarda e catchup.

 

Investimentos - A cada ano, a estrutura da Cocamar recebe novos investimentos em ampliações e melhorias. Em Maringá, a indústria de óleos conta, desde fevereiro, com um novo extrator que dinamiza o processo de esmagamento de soja para a produção de óleo. A capacidade de produção é de 3,2 mil toneladas/dia, segundo informa a gerente de projetos, Maura Moreira Quadros. O equipamento substituiu o antigo, que operava há 32 anos e absorvia 2,6 mil toneladas. Por sua vez, o sistema de armazenamento de grãos, também em Maringá, está ganhando 8 novos silos com capacidade para 6 mil toneladas cada um. Tudo isso sem falar do novo pátio de triagem de caminhões, que tem capacidade para 250 veículos e acabou com as filas nas rodovias, e de dois tombadores para caminhões bi-trem. Em Iporã, a previsão é que a nova estrutura operacional para grãos, no município, fique pronta nas próximas semanas, incluindo quatro silos também para 6 mil toneladas cada.

 

Região de Londrina - Estão sendo entregues as primeiras estruturas de recebimento construídas em Warta, distrito de Londrina, e em Primeiro de Maio. Com isso, atende-se a uma demanda antiga dos produtores, que precisavam deslocar-se para municípios vizinhos para entregar a safra. Ao mesmo tempo, foram implementadas melhorias em outras unidades, como a instalação de tombadores para caminhões truck em Bela Vista do Paraíso e Alvorada do Sul.

 

Consequência - Para o presidente Luiz Lourenço, o crescimento da Cocamar é consequência da própria realidade da cooperativa, que hoje recebe 70% das safras em sua região (um dos índices mais altos do cooperativismo estadual), o que, a seu ver, permite medir a confiança dos associados. "Estamos crescendo de maneira sustentável, com os pés no chão e absoluta segurança", comenta o presidente.

 

História - A Cocamar foi fundada em 1963 por 46 produtores de café. O objetivo era organizar a produção cafeeira, até então abundante, o que depreciava os preços. No início da década de 1970, a cooperativa, que já operava também no recebimento e no beneficiamento de algodão, passou a investir na recepção de grãos - soja, trigo e milho. A industrialização só veio em 1979, com a instalação da unidade de extração de óleo e farelo de soja, a primeira do cooperativismo estadual. Hoje, a Cocamar está entre as cinco maiores cooperativas agropecuárias brasileiras e seu foco é o mercado interno. Grande parte de seus produtos são direcionados para estados vizinhos, como São Paulo. (Imprensa Cocamar)