COAMO II: Produtores recebem pagamento de 'sobras'
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Mais de 24 mil produtores rurais dos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, associados a Coamo Agroindustrial Cooperativa, estão recebendo desde ontem a antecipação das sobras deste ano. São cerca R$ 54,5 milhões. O dinheiro corresponde a aproximadamente 30% do valor total que deve ser destinado aos produtores no primeiro trimestre do próximo ano.
Boa hora - Em Campo Mourão, os cooperados compareceram à sede da cooperativa logo pela manhã desta terça-feira (13/12). Antônio Sabino Guadanin foi um deles. Para ele, a sobra é como se fosse o 13º salário do produtor rural. Associado à cooperativa desde sua fundação, há 41 anos, Guadanin comentou que o dinheiro chegou em boa hora. “É possível fazer um ‘bocado’ de coisas”, falou. O produtor disse que aproveitará o dinheiro para quitar algumas dívidas.
Investimentos - Quem também esteve de manhã na sede da cooperativa foi o agricultor Jacídio Sambati. Ele recebe as sobras desde 1982. “É um dinheiro que sempre chega em boa hora. Este adiantamento é o nosso 13º. É usado para festas de fim de ano e despesas com a família”, comentou. Sambati explicou que o restante das sobras, programado para ser pago no primeiro trimestre do próximo ano, terá outra função: ele investirá o dinheiro em sua propriedade.
Movimentação do comércio - O diretor-presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini comentou que o dinheiro movimentará o comércio nas regiões onde a cooperativa está inserida. O repasse antecipado, de acordo com Gallassini, é feito aos produtores na proporção da movimentação de cada um deles durante o ano com os produtos como, soja, milho, trigo e insumos. “Hoje (terça) estamos em um dia muito feliz em toda a Coamo. Estamos fazendo uma antecipação de sobra como temos feito em todos os anos”, falou.
Mais que o dobro - Segundo Gallassini, as sobras deste ano – R$ 54,4 mi-, é mais que o dobro de 2010, quando foi pago aos produtores cerca de R$ 25 milhões. “Acho que é a maior sobra da história. O faturamento que a Coamo está prevendo, de R$ 5,6 bilhões também é o maior. Isso é um valor significativo e o cooperado fica muito feliz porque ele já comercializa bem sua safra quando fixa os produtos tanto na produção quanto na parte dos insumos”, disse.
Resultado - De acordo com o presidente, as sobras é o resultado do trabalho desenvolvido pela cooperativa durantes seus 41 anos de existência. “O resultado da Coamo é graças aos 24,4 mil cooperados com a participação ativa deles que forma o volume; participação profissional dos 5,4 mil funcionários que fazem um trabalho muito eficiente; participação da diretoria e conselho fiscal que justos coordenam este trabalho e, somando tudo, chegamos a este resultado”, explicou.
Ano bom para o agronegócio - Galassini avaliou 2011 como um o “ano muito bom” ao agronegócio em nível de Brasil. Segundo ele, este foi o único setor que deu resultado positivo. “O Brasil teve um crescimento zero no último trimestre e está com muita dificuldade no setor da indústria. Está havendo uma desindustrialização no país e tem alguns reflexos já da crise mundial na Europa, mas o Brasil tem se saído melhor por ser um país em desenvolvimento”, frisou. No caso do agronegócio, que é alimentos, segundo o presidente o ano foi de bons preços e boa produtividade. “Foi o ano de maior produtividade que a Coamo já teve nos 41 anos de vida. Foi a maior safra que tivemos e bons preços. Tudo isso influenciou neste resultado positivo”, completou. (Tribuna do Interior)