COAMO: Cooperativa tem receitas globais de R$ 2,66 bi e sobras de R$ 190 mi

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Os cooperados da Coamo Agroindustrial Cooperativa, com sede em Campo Mourão – Centro-Oeste do Paraná e unidades em mais 52 municípios nos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, começaram a receber o montante de R$ 56,5 milhões referente as sobras do exercício de 2006. Parte deste valor no total de R$ 15 milhões foram antecipadas aos cooperados em dezembro, como 13º do produtor rural. Durante a Assembléia Geral Ordinária (AGO) realizada na sexta-feira (16), o quadro social aprovou as contas do exercício que registrou receitas globais na ordem de R$ 2,66 bilhões e sobras líquidas no valor de R$ 190,30 milhões que, após a dedução para os fundos estatutários estão sendo distribuídas desde a quinta-feira aos 19.764 cooperados em dinheiro diretamente nos entrepostos da cooperativa na sua área de ação, na proporção da sua movimentação dos insumos fornecidos e da produção entregue à Coamo durante o ano de 2006.

Fatores indesejáveis - Segundo a diretoria da Coamo, vários fatores foram responsáveis pela degradação econômica do setor agropecuário em 2006. Entre estes motivos estão o elevado custo para a formação da lavoura em comparação com o preço de comercialização - fruto da valorização acentuada do real em relação ao dólar e  os altos custos financeiros pelo crédito privado restritivo e o oficial seletivo. O presidente da Coamo, engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini aponta também como fatores determinantes da grave crise agrícola, a queda da produtividade, pela combinação de adversidades climáticas e do avanço da ferrugem asiática, e a redução significativa da receita provocada pela valorização do real e pelo menor consumo das principais commodities agrícolas, em razão da febre aftosa nos Estados do Mato Grosso do Sul e Paraná e da gripe aviária em diversos países. “Somados a estes fatores, a carga tributária excessiva, a falta de investimentos em infra-estrutura e a lentidão de medidas de socorro por parte do governo federal, resultou numa combinação explosiva que desencadeou uma das maiores crises agrícola da história brasileira”, explica Gallassini.

Desempenho –O ativo total da Coamo atingiu o montante de R$ 2,38 bilhões e o patrimônio líquido foi de R$ 1,24 bilhão, representando um crescimento de 11,3% em relação ao ano de 2005. O índice de liquidez corrente ficou em 2,34 e o de liquidez geral em 1,79. A margem de garantia está em 213,0% e o grau de endividamento em 47,0%, o qual reduz para 22,3%, se deduzirmos do valor dos financiamentos  os valores aplicados nas instituições financeiras.

Avaliação - Para o presidente da Coamo apesar das grandes dificuldades que impactaram negativamente o setor agropecuário, foi mais uma vez uma grande satisfação para a Coamo Agroindustrial Cooperativa distribuir sobras para os seus cooperados. “Apesar das grandes dificuldades, a Coamo obteve um excelente desempenho, fruto do reconhecimento da gestão administrativa e financeira aplicada desde a sua fundação, participação ativa dos associados e o comprometimento do quadro de funcionários. A capitalização da Coamo tem gerado as condições essenciais para que, mesmo em um ano extremamente difícil, pudesse atender as necessidades dos associados na condução das suas atividades”, disse o presidente da Coamo. (Imprensa Coamo)

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