CARNES II: Concentração persiste, mas ritmo será menor

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A concentração do setor de carnes no Brasil, que marcou este ano, deve continuar em 2010 mas o ritmo de fusões e aquisições deve ser mais lento. Foram grandes negócios - uns já esperados, outros nem tanto. Agora, a expectativa é de que, no próximo ano, o destino de algumas empresas - parte em recuperação judicial - se defina. Depois da incorporação da Sadia pela Perdigão, da Bertin pela JBS-Friboi, da compra da Seara pela Marfrig, além de vários arrendamentos de plantas de empresas em dificuldades, espera-se, em 2010 um desfecho para o frigorífico Independência. A empresa está em recuperação judicial, mas mesmo após as negociações com credores, carrega uma dívida de cerca de R$ 2 bilhões. Diante de um passivo ainda tão pesado, a avaliação é que parte da empresa possa ser comprada. Mas vender o controle é uma tarefa mais difícil. Fontes de indústrias concorrentes, e potencialmente interessadas, afirmam que a dívida grande é um entrave. O Independência talvez seja o caso mais emblemático, até pela surpresa que causou no mercado quando anunciou que paralisaria suas operações pois havia sido afetado pela crise financeira global.

Mercado externo - A verdade é que a concentração fortalece as empresas brasileiras quando se trata de mercado externo, mas alguns reflexos do movimento já podem ser sentidos por aí. O preço do boi, por exemplo, já está pressionado. E as grandes de aves e suínos já decidiram que divulgarão dados setoriais de produção com atraso para não dar munição aos concorrentes internacionais. (Valor Econômico)

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