CÂMBIO: Dólar tem maior queda diária em três semanas e fecha março em R$ 5,62
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Depois de um mês de forte volatilidade, o dólar teve a maior queda diária em três semanas e encerrou março praticamente estável em relação a fevereiro. A bolsa de valores registrou leve queda nesta quarta-feira (31/03), mas fechou o mês com alta de 6%, o primeiro desempenho positivo do ano.
Cotação - O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,629, com recuo de R$ 0,133 (-2,31%). Essa foi a maior queda diária desde o último dia 10, quando a divisa tinha caído 2,39%. Com o forte recuo de hoje, a moeda norte-americana encerrou março com alta de apenas 0,5%, embora tenha se aproximado de R$ 5,80 no último dia 9.
Desvalorização - Em 2021, a divisa acumula desvalorização de 8,45%. O real registra o terceiro pior desempenho entre as principais moedas de países emergentes, atrás apenas do peso argentino e da lira turca.
Ações - No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 116.634 pontos, com leve recuo de 0,08%. O indicador subiu durante a manhã, mas inverteu o movimento e passou a cair à tarde. Na hora final de negociação, o ritmo de queda diminuiu, até o índice fechar praticamente estável.
Fatores - O dólar foi ajudado por fatores externos e internos. No mercado internacional, aumentou o apetite por risco em mercados emergentes, como o Brasil. Paralelamente, a proximidade do início das exportações de soja levou investidores a apostar na queda do câmbio tendo em vista a entrada de divisas nos próximos meses.
Orçamento - As negociações em torno de vetos de pontos do Orçamento que podem resultar na violação do teto de gastos também interferiram no mercado financeiro. Hoje, o relator do Orçamento, senador Márcio Bittar (MDB-AC), informou que pretende cancelar R$ 10 bilhões de emendas parlamentares aprovadas no texto para recompor despesas obrigatórias, como as da Previdência Social. (Agência Brasil, com informações da Reuters)